Fórum do Barro Duro deve ser submetido à vistoria do MPT

O prédio do Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, localizado no Barro Duro, voltou a ser alvo de denúncias, desta vez de um magistrado. O juiz Marcelo Tadeu ingressou nessa sexta-feira, dia 19, com um pedido de vistoria no Ministério Público do Trabalho (MPT) devido aos inúmeros problemas enfrentados no prédio, reinaugurado após quase dois anos de reforma, que custou mais de R$ 6 milhões aos cofres do Judiciário.

O prédio já havia sofrido tremores, apresentava rachaduras, além de cedição do terreno, antes de passar pela megarreforma que durou quase 24 meses, e que obrigou o Judiciário a aligar um prédio em frente ao fórum.

Cerca de 40 após a inauguração, o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Serjal) protocolaram documento denunciando problemas de infiltrações, buracos no forro, além de vazamentos no sistema de refrigeração.

O sistema de refrigeração, aliás, foi protagonista de outro episódio, em junho, que obrigou a presidência da Corte de Justiça a suspender o atendimento e fechar o prédio para nova manutenção. O presidente do Judiciário alagoano chegou a visitar o prédio e realizar uma vistoria. Na época, o desembargador Sebastião Costa Filho afirmara que o prédio do fórum não apresentava problemas no plano estrutural e sim problemas localizados, supostamente resolvidos.

Nesta sexta, no entanto, ao ingressar com o pedido de vistoria, o juiz Marcelo Tadeu explicou que seu pedido se dá em função das deficiências do prédio e dos problemas enfrentados por ele e demais colegas no desempenho das suas funções. Segundo Tadeu, há gabinetes e banheiros sem janela, e relatou ser impraticável usar os banheiros do prédios, uma vez que os mesmos não apresentam ‘suspiro’. O magistrado classificou o ambiente de trabalho como ‘insalubre’ o que teria motivado a solicitar a vistoria do MPT.

Na prática, caso se confirmem as denúncias, o MPT pode determinar – inclusive – o fechamento do prédio até que o problemas sejam solucionados.