‘PSF de Maceió é porcaria’, afirma defensor

Ascom Defensoria PúblicaRicardo Melro, defensor público

Ricardo Melro, defensor público

O caso da gestante Jardilane Maria do Carmo, de 19 anos, grávida do quinto filho, que viu o bebê- de 32 semanas- morrer em casa – após negativa de atendimento do Samu chamou a atenção do defensor público Ricardo Melro.

"Isso cabe ação por omissão se a família optar em procurar a defensoria. É um absurdo tão grande uma história como essa, é falta de solidariedade, falta de compromisso com o dever mesmo da profissão", disse.

De acordo com ele, casos como o da gestante só são registrados porque os gestores precisam ser responsabilizados criminalmente por casos assim.
"Se houver responsabilização criminal, o serviço melhora. O sistema de saúde é um caos. O Programa Saúde da Família (PSF) em Maceió é uma porcaria. Os municípios não se unem para formar uma rede", disse.

Em 14 de abril, a lotação esgotada nas UTIs neonatais nas maternidades públicas de Alagoas chegou a hospitais particulares que atendem bebês de alto risco.

A medida fez o defensor público Ricardo Melro recomendar que as gestantes deixassem o Estado. "Quem tiver plano de saúde e com gravidez de risco, saia de Alagoas para ter o filho em Recife ou Sergipe. Não tem mais espaço em nenhuma UTI neonatal de Alagoas", disse.
A medida – considerada por ele "extrema" – era para evitar o registro de mortes ou complicações no parto.

A crise nas UTIs neonatais começou em 1º de abril, quando gestores do Hospital Universitário – mantido pelo governo federal – fecharam as portas da UTI neonatal. Dez pessoas morreram devido a uma bactéria, a Acinetobacter baumannii, que ataca organismos já debilitados. Os pacientes – entre eles bebês – estavam com a imunidade baixa ou, no caso dos recém-nascidos, eram prematuros extremos (nascidos com 30 semanas de gestação) ou tinham má-formação.

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