Albuquerque será investigado por mais dois homicídios

Irmã de vítima teria afirmado reconhecer os autores materiais do crime como sendo pessoas ligadas ao parlamentar.

O deputado estadual Antônio Albuquerque (PTdoB) deverá ser investigado por suposto envolvimento em dois crimes de homicídio registrados em 2009, na cidade de Belém. A determinação é do desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas, Edivaldo Bandeira Rios.

A abertura de investigação atende pedido do procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, após, em depoimento, a filha de uma das vítimas ter afirmado reconhecer os autores materiais do crime como sendo pessoas ligadas ao parlamentar. Ele, segundo a assessoria, encaminhou ofício ao TJ e a Secretaria de Defesa Social solicitando investigação para os novos fatos.

O pecuarista Iraci Eudácio de Souza foi assassinado no dia 10 de novembro em frente a sua residência por dois homens em uma moto. O filho de Iraci, Ivanildo Eudácio de Souza – conhecido também como “Miguelão” – foi morto a tiros dois meses antes do pai, em 20 de setembro.

Devido o depoimento da filha de Iraci, Irecer Eudácio de Souza, o desembargador pede a investigação de suposta ligação de Albuquerque com o crime. As motivações alegadas pela família seriam políticas, uma vez que a família do pecuarista – que sempre apoiou o grupo de Albuquerque – teria passado a apoiar o grupo de ex-deputado Celso Luiz (PMN). Lembrando que os dois são inimigos figadais.

Na época do crime, em 2009, a Polícia Civil de Alagoas prendeu o comerciante e filho do pecuarista Iracildo Eudácio de Souza, acusado de ser o mandante na morte do pai. As investigações apontaram que o crime teria sido motivado pelo desejo de Iracildo de ficar com todos os bens da família e por conta das dívidas adquiridas por ele. O comerciante teria ainda ameaçado de morte todos os irmãos.

Outros Crimes

Antônio Albuquerque é réu no processo que investiga a morte do cabo da Polícia Militar José Gonçalves, ocorrido em 1996. Ele, o deputado estadual recém diplomado João Beltrão e o ex-deputado federal Francisco Tenório são apontados como autores intelectuais do crime.

O deputado estadual é réu também no processo que investiga o desvio de R$ 300 milhões dos cofres públicos da Assembleia Legislativa de Alagoas – que levou à prisão de dez deputados e outros quatro ex-parlamentares durante a Operação Taturana, desencadeada pela PF em 2007.

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