O deputado estadual Temóteo Correia (DEM) voltou a atacar a imprensa alagoana durante a sessão da tarde desta terça-feira, 13, na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE).
Em discurso caloroso, o parlamentar se defendeu das acusações de que teria ameaçado uma jornalista na semana passada. O deputado teceu ainda duras críticas à imprensa local, especialmente no que se refere ao Legislativo Estadual. O pronuciamento de Correia chegou a se estender por uma hora.
Em aparte, o deputado Judson Cabral (PT) propôs uma reunião com o Sindicato dos Jornalistas para falar sobre o assunto, mas Correia e o deputado João Beltrão (PRTB) – que se solidarizou ao pronunciamento do colega – não aceitaram.
LOA
Cabral também utilizou a tribuna para lembrar o prazo constitucional do Governo para o envio da Lei Orçamentária Anual (LOA). Contudo, por existir vetos governamentais na ALE há mais de 30 dias, a pauta está trancada, impedindo a tramitação de qualquer matéria.
Na ocasião, o vice-presidente da Casa, deputado Antonio Albuquerque (PTdoB) informou que os vetos já receberam os pareceres das comissões temáticas e podem ser apreciados nos próximos dias.
A tribuna também foi utilizada pelo deputado Ronaldo Medeiros (PT), que censurou a postura do Governo no que diz respeito a criação da nova Emater. Para ele, é exorbitante o número de 142 cargos em comissão, previstos para o novo órgão.
Além disso, Medeiros criticou os baixos salários dos funcionários públicos e exibiu o demonstrativo financeiro de uma professora da rede pública estadual contendo a remuneração de cerca de R$ 700,00.
Em aparte, o líder do Governo na Casa, deputado Edival Gaia (PSDB) rebateu as declarações de Medeiros e imputou a culpa dos problemas financeiros ao Governo Federal.
Durante as discussões sobre os juros impostos pelo Governo Federal, Temóteo Correia considerou injusta a cobrança, visto que, em outros estados o valor pago é de 6% e, em Alagoas, o valor gira em torno de 7,5%.
A agressão a mulher também foi discutida na sessão. De autoria do deputado Edival Gaia, o projeto de lei que prevê atendimento preferencial às mulheres vítimas de agressão virou lei e está publicado na edição de hoje do Diário Oficial do Estado.
