Violência fecha posto de saúde e ameaça escola

Railton Teixeira/Alagoas24Horas

Posto de saúde foi fechado e na escola professores e alunos temem a violência

Moradores do conjunto Denisson Menezes, no bairro Cidade Universitária, reclamam que a violência na região aumentou consideravelmente nos últimos 15 dias. O medo teria provocado o fechamento da Unidade de Saúde da Família, localizada no conjunto e tem causado pânico entre professores, pais e alunos da Escola Municipal Denisson Menezes.

A reportagem do Alagoas24horas esteve no conjunto nesta terça-feira, 20, e ouviu os moradores da localidade sobre a situação. O aposentado Isaias de Amorim, afirma que a população está revoltada com o fechamento do posto de saúde. “Nesse posto o atendimento sempre foi precário. Só existia um pediatra, que só aparecia de vez em quando, e agora com o posto fechado por causa da violência é que a população vai ficar desassistida”, reclama.

Outro morador, Eduardo dos Santos, disse que todo mundo está sofrendo com a situação de insegurança. Com o posto em funcionamento, algumas poucas pessoas se arriscavam a dormir na porta para conseguir ficha, mas agora ninguém mais faz isso, porque a violência “está desenfreada”.

Eduardo conta que os tiroteios são frequentes na região, principalmente nos finais de semana e afirma que as rondas só ocorrem até as 18h.

A diretora e assistente social da escola Denisson Menezes, que preferiram não se identificar, contam que a região é violenta, mas que a situação ficou ainda pior em 15 dias. Professores estão com medo de ir à escola e pais de alunos estão temerosos pela vida dos filhos. “A evasão escolar entre os alunos do período noturno é grande, porque ninguém quer arriscar a vida a caminho da escola”.

A comunidade escolar disse que haverá uma reunião entre os moradores e a OAB na próxima quinta-feira, 22, para discutir a situação.

Reforço na Segurança

Em contato com o Alagoas24Horas o comandante de Policiamento da Capital, coronel Gilmar Batinga, disse que o CPC já reforçou o policiamento na região. Como estratégia para coibir a violência, foram enviadas cinco viaturas e três motocicletas do Batalhão de Guarda e uma viatura da Radiopatrulha.

O supervisor do Batalhão de Guarda também já esteve no local para verificar a situação do posto de saúde, mas verificou que não havia nenhuma anormalidade ocorrendo. O coronel garantiu que as rondas estão sendo realizadas diuturnamente e sugeriu que a população, ao invés de procurar a OAB e outras entidades, procurem o CPC para discutir o problema e as soluções.

“Quem combate a violência é a Polícia. A comunidade deve procurar o Comando do CPC para discutir novas estratégias de combate à violência, se entenderem que as medidas utilizadas não estão surtindo efeito”, disse em tom de crítica.