Joãozinho Pereira abre debate sobre falta de recursos para o PSF

Médicos prometem parar na segunda-feira (03).

ALEParalisação pode prejudicar milhares de pessoas

Paralisação pode prejudicar milhares de pessoas

A falta de recursos para o Programa Saúde da Família (PSF), bem como para o financiamento da saúde no Estado, foram amplamente debatida pelo plenário da Assembleia Legislatura durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 29. O assunto foi abordado pelo deputado Joãozinho Pereira (PSDB), que mostrou-se bastante preocupado com os rumos do PSF, uma vez que os médicos que integram as equipes do programa em Alagoas, com exceção da capital Maceió, prometem paralisar as atividades nesta segunda-feira, dia 3 de outubro.

Pereira contou que acompanhou, no inicio da semana, as reuniões promovidas pela Associação dos Municípios de Alagoas (AMA) e pelo Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL) para discutir o assunto. “O Sindicato dos Médicos já anunciou a morte do PSF, programa que foi criado pelo Ministério da Saúde em 1994, e, com isso, vai prejudicar milhares de famílias alagoanas”, observou o tucano, ressaltando que atualmente os municípios bancam 70% de todo o custeio do programa. “O governo federal manda para as prefeituras R$ 8 a R$ 10,5 mil para cada equipe, quando o custo da mesma é de mais de R$ 30 mil. No Estado, 95% da população é atendida pelo SUS (Sistema Único de Saúde), pelo PSF, e não pode ter um tratamento igual ao que é dado ao Sul do país”, destaca Pereira.

O parlamentar seguiu dizendo que um dos fatos que lhe chamou a atenção é que na greve anunciada pelo Sinmed os médicos integrantes do PSF irão pedir demissão coletiva. “Alagoas tem 102 municípios e 101 vão parar. Ficando de fora apenas a capital. Os PSFs de Maceió – por incrível que pareça, a única capital do país que tem a menor cobertura do programa -não irão aderir ao movimento por ser a única contemplada com todos os requisitos reivindicados pelas equipes”, contou, pedindo o engajamento dos seus pares na luta para o fortalecimento do PSF em Alagoas.

Em aparte, os deputados João Beltrão (PRTB), Inácio Loiola (PSDB), Ronaldo Medeiros (PT), Edval Gaia Filho (PSDB) e Temóteo Correia (DEM) foram solidários ao pronunciamento do colega de plenário.

O presidente da Casa, deputado Fernando Toledo (PSDB), que já foi prefeito do município de Cajueiro, também se solidarizou a Joãozinho Pereira. Toledo disse entender o problema enfrentado pelos gestores municipais, muito embora, “ao custo de muito sofrimento”, tenha logrado êxito ao conseguir implantar 100% do programa em Cajueiro.

Fonte: ALE

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