Especialista alerta sobre lavagem das mãos

A maioria da população ignora o simples gesto de lavar as mãos, mas essa prática reduz em até 85% o índice de infecções dentro dos serviços de saúde, segundo estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para conscientizar os profissionais de saúde sobre a necessidade de higienizar as mãos, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realiza uma campanha educativa nos hospitais alagoanos, marcando assim o Dia Mundial de Lavar as Mãos, instituído em 15 de outubro, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A campanha terá início nesta quinta-feira (13), com a distribuição de folders e cartazes no Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), Hospital Escola Portugal Ramalho (HEPR), Maternidade Escola Santa Mônica (MESM) e nas unidades privadas de Maceió. Na sexta feira (14), a campanha prossegue com uma palestra, a partir das 10h, no HEHA e a Comissão de Infecção Hospitalar do HGE realiza de 17 a 21 de outubro uma campanha para incentivar os profissionais a lavarem as mãos.

De acordo com a coordenadora da Comissão de Infecção Hospitalar da Sesau, Cássia Sales, o hábito de lavar as mãos também reduz em 98% as contaminações por bactérias. “Por esta razão, todos temos que cultivar a prática de lavar as mãos. Mas é imprescindível ressaltar que este gesto deve ser colocado em prática principalmente com os profissionais de saúde, que lidam em ambientes contaminados e diretamente com pacientes que estão com a imunidade baixa”, orientou

Crianças são as mais afetadas – Ainda de acordo com Cássia Sales, as crianças são as mais prejudicadas por não serem orientadas a lavar as mãos. De acordo com o Unicef, cerca de 1 milhão de crianças, com idade entre 0 e 5 anos, morrem por doenças provocadas pela ausência da lavagem das mãos.

Cássia Sales orienta que para evitar a contaminação por bactérias é preciso lavar as mãos entre oito e 25 vezes ao dia. Para que o processo seja realizado corretamente deve ser utilizado água e sabão, deixando o álcool em gel para momentos de extrema necessidade, quando não se tenha água potável em disponibilidade. “Não devemos ficar neuróticos, mas permanecer vigilantes com o hábito de lavar as mãos de forma freqüente é importante. Uma prática que deve acompanhar todos nós, diariamente, principalmente os profissionais de saúde”, ressalta a especialista.

Redução de mortes maternas – Em 1846, Ignaz Semmelweis, médico húnguro, reportou a redução no número de mortes maternas por infecção puerperal após a implantação da prática de higienização das mãos em um hospital em Viena. Desde então, esse procedimento tem sido recomendado como medida primária no controle da disseminação de agentes infecciosos.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esses instrumentos normativos reforçam o papel da higienização das mãos como ação mais importante na prevenção e controle das infecções em serviços de saúde. Entretanto, apesar das diversas evidências científicas e das disposições legais, nota-se que grande parte dos profissionais de saúde ainda não segue a recomendações de Ignaz Semmelweis em suas práticas diárias.

A legislação brasileira, por meio da Portaria n. 2.616 de 12 de maio de 1998 e da RDC n. 50 de 21 de fevereiro de 2002, estabelece, respectivamente, ações mínimas a serem desenvolvidas com vistas à redução da incidência das infecções relacionadas à assistência à saúde.

Fonte: Ascom/Sesau

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