Barbosa propõe discussão sobre valor da tarifa de ônibus na Câmara

A tarifa do transporte coletivo de Maceió não será reajustada agora. A intenção dos empresários do setor era para a majoração imediata. A decisão, tomada pelo Conselho Consultivo da SMTT durante reunião nesta quinta-feira (13), segue a posição adotada pelo vereador Ricardo Barbosa (PT), representante da Câmara Municipal de Maceió no colegiado, logo no início das discussões. O vereador repetiu o que disse em pronunciamento no plenário do Legislativo municipal na última terça-feira (11). Barbosa defende que, antes de qualquer proposta de reajuste na tarifa, seja discutida e realizada a licitação do setor.

Ricardo Barbosa argumenta que o anseio da população é para a melhoria na qualidade dos serviços oferecidos pelo transporte coletivo da capital, o que aponta para a urgência na realização do processo licitatório do setor em Maceió. “As reclamações são muitas por parte dos usuários e não pega bem discutir aumento de tarifa e esquecer a licitação do transporte coletivo”, diz.

Os empresários pleiteiam um reajuste de R$ 2,10 para R$ 2,49. A SMTT disse aceitar o aumento para R$ 2,30. Para pedir o aumento da tarifa, os empresários disseram que houve aumento de insumos e da quantidade de gratuidades. “Maceió é a única cidade em que há gratuidade para patologias”, disse a representante dos empresários, Ana Lúcia Costa.

O representante dos movimentos comunitários, José Torquato, rebateu, afirmando que apenas para ir ao trabalho e voltar, serão gastos quase cinco reais, um valor muito alto, levando em consideração o valor do salário mínimo, de acordo com Torquato, caso a proposta dos empresários seja aceita pelo município.

DISCUSSÃO NA CÂMARA
Ainda durante a reunião do Conselho Consultivo, na sede da SMTT, o vereador Ricardo Barbosa informou que irá apresentar, na próxima terça-feira (18), projeto de emenda à Lei Orgânica do município, com o objetivo de devolver ao Legislativo a prerrogativa de discutir a proposta de aumento do valor da tarifa de ônibus em Maceió. A finalidade é dar mais transparência ao processo, nas próximas vezes, além de ampliar o leque de representatividade da sociedade. “Não é que falte transparência, mas um assunto que tem a importância e o impacto, como o aumento da passagem de ônibus, não pode ser discutido em um gabinete. E o Legislativo é o local que representa a população”, afirma Ricardo Barbosa.

A emenda proposta pelo vereador havia sido apresentada em 2009, mas foi rejeitada pelo plenário da Câmara. “Mas a realidade de hoje, posso garantir, é diferente. E acredito que o resultado tende a ser diferente daquele obtido quando da primeira proposta que apresentei”, aposta Barbosa. Como se trata de emenda à Lei Orgânica, são necessários 2/3 dos votos dos vereadores, ou seja, 14 votos favoráveis à proposta.

Fonte: Delane Barros/Assessoria

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