Após traição, Galba Novaes não é mais candidato a prefeitura da capital

Após a "traição" do grupo do prefeito Cícero Almeida (PP), o presidente da Câmara Vereadores, Galba Novaes (PRB), não será mais candidato a prefeitura da capital. O anúncio de Galba veio através de um recado: não apareceu na sessão de sexta-feira, da Câmara, com o presidente nacional do partido, Marcos Pereira.

Ele receberia uma comenda- na verdade, um artifício para atrair as lideranças nacionais com a presença do suplente de Collor no Senado, Euclydes Mello. O palco estava armado. O protagonista não apareceu. Foi representado por um vídeo. E só.

A proposta- pelo menos nas articulações dos senadores Fernando Collor (PTB) e Renan Calheiros (PMDB)- é que Galba entrasse no PT. Os "dinossauros sem voto"- como chamou o presidente da legenda, Joaquim Brito, rebelaram-se. Calheiros e Collor assinaram um armistício: tiraram Galba da legenda que ele não entrou e injetaram um filho do presidente da Câmara, que se lança ano que vem vereador.

Ex-vice de Collor ano passado- na disputa ao Governo- Galba Novaes perdeu uma das raras chances de se lançar a Prefeitura de Maceió. Se o PRB quiser ter o presidente da Câmara na disputa, terá trabalho de mostrar uma imagem diferente. Já Collor e Renan investem em um guarda chuva de nomes- desde o fenômeno de votos, Rosinha da Adefal (PT do B) até o velha guarda, representada no ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).

Enquanto isso, o Palácio República dos Palmares endurece o discurso- na direção do prefeito Cícero Almeida. O deputado Givaldo Carimbão (PSB) compara, na TV, a Maceió que todos gostariam de ver. E a que não existe. É a de Cícero Almeida.

O PPS recuou nos ataques ao prefeito. O DEM insiste em manter o deputado estadual Jeferson Moraes na disputa e o PSDB blinda o deputado federal Rui Palmeira- o nome anti-Dilma Rousseff em Alagoas- expondo o secretário de Infraestrutura, Marco Fireman, no xadrez político.

As jogadas das pedras no tabuleiro podem ficar mais claras na próxima semana. Na sexta-feira, terminou o prazo de entrega dos nomes dos novos filiados- e candidatos- dos partidos a Justiça Eleitoral.

Mas, a montanha pode parir um rato. Que o diga o PSD, que faria um arrastão em Alagoas. O fenômeno atraiu algumas lideranças isoladas- sob a batuta do deputado federal João Lyra. Nada mais, nada menos.

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