PSF: 19 dias de greve e migração de cardiologistas e geneticistas

Médicos pressionam o Governo para a implantação do PCC.

A crise do Programa Saúde da Família (PSF) em Alagoas faz com que profissionais migrem para outros estados, em busca de salários melhores. Neste sábado, a greve dos médicos completa 19 dias e poucas prefeituras aceitam pagar R$ 14 mil de salário para ter uma equipe própria, trabalhando nas cidades. Eles preferem profissionais no batente dois dias na semana- com salários menores.

Cardiologista infantil e geneticista. Estas são duas das especialidades que não existem mais em Alagoas na área médica. O último geneticista, segundo o Sindicato dos Médicos, foi chamado para trabalhar em Aracaju.

Os 1.200 médicos de Alagoas- incluindo os 650 profissionais do PSF- estão insatisfeitos com os salários. Os médicos pressionam o Governo a aceitar a implantação, em janeiro, de um Plano de Cargos e Salários.

No PSF, a greve de 19 dias ameaça a saúde do alagoano. Em Arapiraca, na quarta-feira, os médicos decidiram permanecer em greve. As negociações com a Prefeitura não avançaram e as 54 equipes do programa cruzaram os braços.

Em Boca da Mata, a Prefeitura sugeriu aumento de mil reais nos salários. Voltou atrás após ameaça de demissão coletiva. Quatorze equipes pararam os trabalhos. Em Matriz de Camaragibe, são oito equipes do PSF paradas.

Na próxima segunda-feira, prefeitos e médicos se reúnem na sede da Associação dos Municípios para discutir o fim do impasse. O conflito está lone de acabar.

Em Pilar, a reunião será na próxima terça-feira; em Arapiraca, Prefeitura e PSF sentam na mesa, de novo, na quarta-feira.

Os médicos querem reajuste de R$ 6.500 para 14 mil; as prefeituras aceitam pagar menos e ter os profissionais dois dias na semana, nas cidades. O Ministério Público Federal quer as equipes trabalhando- ameaça entrar com ação penal contra os médicos. Exige o cumprimento das 40 horas nas cidades.

Fonte: reporteralagoas.com.br

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