Comissão irá se reunir a cada 15 dias
Para viabilizar mecanismos que atendam às reivindicações dos médicos alagoanos que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) criou uma comissão para discutir os honorários da categoria. A medida foi adotada pelo titular da pasta, Alexandre Toledo, durante reunião realizada nesta terça-feira (25), onde estiveram presentes o presidente da Sociedade Alagoana de Medicina (SAM), Cléber Costa, e o secretário de Saúde de Maceió, Adeílson Loureiro.
A comissão irá se reunir, a cada 15 dias, na sede da Sociedade Alagoana de Medicina, para debater mecanismos visando qualificar a remuneração médica. Por meio desta medida, o secretário de Estado da Saúde espera resgatar a realização de procedimentos que atualmente não estão ofertados aos usuários do Sistema Único de Saúde.
“Nossa meta é melhorar a remuneração dos médicos, assim também como a das demais categorias. Já iniciamos este processo na Sesau com o reajuste salarial concedido no início do ano, mas temos que trabalhar esta questão de forma contínua. Por isso, a criação desta comissão é importante para que estejamos em permanente sintonia com as entidades representativas, assim como já fizemos com os dirigentes do Movimento Unificado da Saúde, que representa os servidores não médicos”, destacou Toledo.
Para o presidente da Sociedade Alagoana de Medicina, Cléber Costa, a criação da comissão representa um avanço importante para a categoria, que ao contrário de 20 outros Estados da federação, decidiu não paralisar suas atividades nesta terça-feira (25). “Em outros Estados os médicos do SUS resolveram fazer uma paralisação de advertência, reivindicando melhores remunerações, mas optamos por sentar à mesa com o secretário de Estado da Saúde e promovermos uma discussão civilizada”, explicou.
Ainda de acordo com Cléber Costa, com a melhoria da remuneração dos médicos, consequentemente haverá uma redução da judicialização da medicina, que é um grande entrave para a gestão da Saúde. “Até porque, em outro momento, já contamos com este mecanismo, que trouxe grande resolutividade, tanto para a gestão da saúde, quanto para a classe médica”, ressaltou o presidente da Sociedade Alagoana de Medicina.
