Prevalência do diabetes atinge 121 mil alagoanos

O Ministério da Saúde (MS) caracteriza o Diabetes como uma doença que pode ser desencadeada por diversos fatores, entre eles a hereditariedade e os maus hábitos de alimentação. E segundo pesquisa do Vigitel 2010 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças por Inquérito Telefônico), sua prevalência atinge 121 mil alagoanos, uma realidade que preocupa as autoridades de saúde pública.

Para alerta a população sobre a doença, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) participa de ações promovida pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD/ AL) no domingo (6). A programação do evento será iniciada com uma corrida contra o Diabetes. A concentração para largada será às 8h na Avenida Sílvio Viana (perto do antigo Alagoinhas), na Ponta Verde.

Além disso, a partir da segunda-feira (7) até o dia 14 de novembro (Dia Mundial do Diabetes) o prédio da Sesau e do Memorial Teotônio Vilela serão iluminados de azul, cor que representa o tema da campanha. E nos dias 10 e 11 deste mês será realizada uma capacitação para os profissionais da Atenção Básica dos municípios que integram a primeira macrorregião de saúde. Já no dia 13, também na Orla de Maceió, será comemorado o Dia Mundial do Diabetes.

De acordo com a gerente do Núcleo de Atenção à Saúde de Hipertensos e Diabéticos da Sesau, Ana Porto, 3,8 milhões de mortes no mundo são atribuídas à doença a cada ano e, no intervalo de 10 segundos, uma pessoa morre de causas relacionadas aos seus efeitos. A doença se caracteriza por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue, que pode trazer sérias conseqüências ao organismo, a exemplo do infarto do coração, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas visuais e lesões de difícil cicatrização, dentre outras complicações.

“As doenças cardiovasculares são a maior causa de mortes para os portadores de Diabetes, respondendo por 50% das fatalidades e por muitas inaptidões. Em média, pessoas com diabetes tipo 2 têm sua expectativa diminuída em 5 a 10 anos em relação a pessoas sem diabetes, principalmente por causa de doenças cardiovasculares”, informa Ana Porto.

Ana Porto salienta que, ao surgimento de sintomas como, sede excessiva, aumento do número de micções, surgimento do hábito de urinar à noite, fadiga, fraqueza, tonturas, visão borrada, aumento de apetite, perda de peso, feridas que demoram cicatrizar, são sinais de alerta. Por isso, ela recomenda que pessoas com as sintomatologias devem procurar o atendimento médico, assim também como àquelas que não tenham sintomatologia, mas cujos pai, mãe, tios e avós já tenham desenvolvido a doença.

Controle dos hábitos alimentares

Um dos pontos cruciais para levar uma vida normal é cuidar da alimentação, já que ela influencia decisivamente nos efeitos para o paciente. Realidade que preocupa ainda mais quando os portadores são crianças, que devem resistir a certas guloseimas e refrigerantes, por exemplo.

Por esta razão, muitas pessoas são obrigadas a fazer uso da insulina diariamente, para regularizar o metabolismo da glicose. “Sem insulina, a glicose não consegue chegar às células, que precisam dela para transformá-la em energia. As altas taxas de glicose acumuladas no sangue podem, com o passar do tempo, afetar os olhos, rins, nervos e coração”, observa a gerente Núcleo de Atenção à Saúde de Hipertensos e Diabéticos da Sesau.

Diabetes durante a gravidez

E muitas mulheres passam a desenvolver a Diabetes durante o período gestacional, decorrente de problemas na alimentação, falta de atividade física e do acompanhamento pré-natal. Considerada uma doença de alto risco para a mãe e o bebê, ela geralmente acomete mulheres com idade superior a 35 anos, obesas ou com ganho excessivo de peso durante a gestação, histórico familiar de diabetes, baixa estatura, síndrome dos ovários policísticos, complicações obstétricas prévias como morte fetal ou neonatal e macrossomia (peso ao nascer maior que 4 kg) .

“As mulheres com fatores de risco devem ser submetidas a uma avaliação periódica do perfil glicêmico. É importante ressaltar que o bem estar fetal está diretamente associado ao controle metabólico materno, bem como a assistência multiprofissional com acompanhamento do obstetra, endocrinologista e neonatologista”, esclarece Ana Porto, ao informar que, as gestantes dispõem de um ambulatório de endocrinologia na Maternidade Escola Santa Mônica.

Fonte: Ascom/Sesau

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