SMCCU inicia demolição de casas no Salvador Lyra; moradores resistem

Demolição causou preocupação e revolta dos moradores.

Alagoas24horasTrês construções foram demolidas pela SMCCU

Três construções foram demolidas pela SMCCU

Pelo menos três casas foram demolidas na manhã desta quarta-feira (9), na Avenida Elisauma Oliveira Santos, no Salvador Lyra. Segundo informações de técnicos da Secretaria de Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU) o terreno ocupado por moradores é uma área verde que pertence à prefeitura.
Mesmo com ordem judicial, algumas casas foram poupadas, uma vez que há questionamentos judiciais. Ainda segundo a SMCCU, os moradores da localidade foram notificados há pelo menos um mês.

Alguns moradores alegam que moram no local há mais de cinco anos, e por esta razão, o destino que será dado a estas casas será determinado pela justiça, através de processos que já estão em tramitação.

Uma das casas poupadas foi a do morador Erasmo. Segundo ele, sua família – mulher e cinco filhos – está instalada no local há mais de dois anos. “Eu vim de Pernambuco, vendi meus móveis para construir essa casa e não tenho para onde ir. Não posso ser despejado e nem ter minha casa demolida, vou apelar para o prefeito ou para o governador, qualquer pessoa, mas não tenho para onde ir,” relatou Erasmo muito apreensivo.

Outro morador que teve a casa poupada foi Roberto dos Santos. De acordo com Santos, houve pouca resistência no momento da demolição por que as casas derrubadas ainda não estavam terminadas e não havia moradores no local. “Quando eles voltarem para derrubar as outras a situação será diferente. Eu mesmo não vou permitir que derrubem a minha. Aí quero só ver. A comunidade deverá se mobilizar e a situação será bem diferente,” ameaçou Santos.

Solidários com a situação dos novos desabrigados, o demais moradores reclamam que a prefeitura, por meio de seus órgãos, “apareceu” no conjunto para a demolição, mas não se apresenta no local para resolver problemas estruturais como de esgotamento, calçamento e outros. Ainda segundo populares, com a demolição, a pouca iluminação da área dará margem para que o local se torne ponto de tráfico e outros ilícitos.

“Quando isto aqui não era povoado tinha um monte de roubo e maloqueiro. Agora a prefeitura vai demolir, os roubos vão recomeçar e isso aqui vai ficar abandonado como estava antes. Cheio de lixo e com o mato alto,” relatou Invonei Jacinto, um morador local.

A SMCCU não informou a data da nova demolição e nem repassou detalhes sobre a ação. Os moradores suspeitam que o terreno tenha sido comprado por uma empresa e por esta razão explicaria a ‘urgência’ da demolição.

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