Preso por racismo se defende e denuncia agressão

Caso foi levado à OAB e ao Ministério Público.

Cortesia/Anderson Campos TeixeiraCortesia/Anderson Campos

Cortesia/Anderson Campos

Detido no domingo, 27 de novembro, sob a acusação de injúria racial contra um policial militar, Anderson Campos Teixeira, 39, procurou o Alagoas24horas para se defender das acusações da polícia. Ele também acusa os policiais militares que efetuaram sua prisão de agressão.

Anderson e a esposa, Itariana Maria dos Santos, de 25 anos, que também foi detida na residência do casal, no bairro da Jatiúca, denunciaram o caso à Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL e ao Ministério Público. O casal também registrou boletins de ocorrência na Central de Polícia, denunciando a suposta agressão durante a ação policial e ameaças de um vizinho.

Anderson relatou que, no domingo, a esposa dele acionou a Polícia Militar ao perceber que estava sendo fotografada no quintal de sua casa por um dos vizinhos, que é empresário. Segundo o casal, os problemas com esse vizinho começaram a alguns dias, devido a recusa deles em vender a residência onde moram para o empresário.

“Ele estava assediando a minha esposa e houve uma discussão, foi quando acionamos a polícia”, contou, acrescentando que os policiais estiveram primeiro no estabelecimento comercial do vizinho e, em seguida, já entraram em sua residência quebrando janelas, portões e móveis.

Anderson mostrou as fotos das supostas agressões e da destruição causada em sua residência e desmentiu a informação, divulgada pela Polícia Civil de Alagoas, de que teria chamado um soldado PM de “macaco de circo e negro safado”. Ele alega que a acusação foi tramada, já que não havia justificativas para sua prisão.

Itariana contou também que efetuou um depósito, no valor de R$ 500 em uma conta corrente para o suposto pagamento de fiança para soltura do marido. Ela acredita que o pagamento foi uma extorsão.

Todos os documentos, incluindo os boletins de ocorrência, fotografias das supostas agressões, comprovantes da realização dos exames de corpo de delito realizados no Instituto Médico Legal (IML) e o depósito do dinheiro foram entregues ao Ministério Público Estadual e a Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL.

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