Torcedores de time vencedor produzem melhor, diz coordenadora

Marta Cavallini/G1Marta Cavallini/G1

No escritório de um site de compras coletivas em São Paulo, os corintianos puderam vestir suas camisetas para expressar o orgulho de ver o time campeão do Brasileirão e trabalhar com o sorriso estampado no rosto. Leandro Cacossi viu o jogo no Pacaembu, festejou com os amigos na Praça Charles Miller e na Avenida Paulista e confessa que foi difícil acordar cedo para entrar às 9h no trabalho. “No começo do trabalho eu fico mais aéreo, quero ver o que rola na internet, os comentários nas redes sociais, ver os melhores momentos do jogo, mas depois fico mais empolgado para trabalhar”, garante.

Cacossi senta perto de Fátima Jarouche, que levou uma faixa do Corinhians e colocou na sua cadeira. “Segunda-feira é o dia mais esperado para comentar os jogos”, diz.

Mas, na mesma bancada, a coordenadora de redação palmeirense Talita Ribeiro decidiu vestir uma camiseta do Star Wars para “combater o lado negro da força”, já que senta perto de quatro corintianos. Segundo ela, quando tem jogo decisivo, os funcionários são autorizados a sair mais cedo para ir ao estádio. E, no caso desta segunda-feira, os mais empolgados na comemoração foram autorizados a entrar mais tarde no escritório. “Quando o time ganha, a produção de quem torce para o vencedor melhora, os redatores em especial ficam mais criativos, com certeza vai haver uma homenagem ao Sócrates nos textos esta semana”, diz Talita.

De acordo com a palmeirense, apesar da flexibilidade no horário, fazer “home office” (trabalho em casa) não é permitido, nem para quem ganha, nem para quem perde. Ela diz que consegue trabalhar normalmente mesmo com as provocações dos corintianos.

O corintiano Eduardo Wexler estava feliz pelo seu time, mas lamentou a morte do craque. “Eu senti a perda do Sócrates, foi meu primeiro ídolo no futebol”, diz.

Mas a redação não era só dos corintianos e palmeirenses. A colorada Divane Guerra foi com sua camiseta do Internacional para mostrar o orgulho de ter seu time na Libertadores após a vitória sobre o Grêmio. “É a primeira vez que venho com a camiseta no trabalho porque aqui é permitido”, comemora.

A flamenguista Aretha Oliveira tentou encontrar a camiseta do seu time rubronegro, mas como a deixou no Rio, a saída foi levar a do Corinthians para o trabalho. “As torcidas do Flamengo e Corinthians são unidas, aqui em São Paulo tenho simpatia pelo Corinthians, eu estava mesmo torcendo contra o Vasco, e o Flamengo está na Libertadores, é isso que importa”, diz.

O gerente de operações Marcel Engelberg, apesar de ser são-paulino, considera importante deixar os funcionários expressarem a alegria durante o expediente. “Gera uma brincadeira saudável, fomenta os papos no café e no almoço, as pessoas ficam mais estimuladas para trabalhar, libera a imaginação e não impede de cumprir as tarefas”, diz. Mas, em todo caso, ele preferiu não levar a camiseta do São Paulo e disse que hoje trabalhará “quietinho”.

Fonte: G1

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