Desesperado com o filho de apenas 15 anos, que há cerca de dez dias vem sofrendo com distúrbios psicológicos, o aposentado Gerson Alves, de 63 anos, procurou o Alagoas24horas em busca de ajuda para conseguir um internamento para o adolescente.
O aposentado conta que já peregrinou por várias unidades hospitalares do estado e do município em busca do internamento, ou mesmo de um acompanhamento para o filho, mas não obteve êxito.
Segundo ele, o jovem saiu de casa no sábado (3) à noite e ao retornar apresentava sinais de alteração mental, quebrando tudo dentro de casa. “Desse dia para cá, ele não fala, está sem consciência e sem sentido, não sabemos o que aconteceu”, destacou o aposentado, enfatizando que o filho não apresentava nenhum hematoma e ou sinais de espancamento.
O aposentado relatou ao Alagoas24horas que depois do ocorrido vem procurando as unidades de saúde e hospitais da capital para conseguir um internamento, mas apenas conseguiu ser atendido nos primeiros dias, onde foram aplicadas três injeções no adolescente, que logo após foi liberado.
“Desde o ocorrido não estou dormindo. Estou com uma guia de internamento, mas nenhum hospital quer internar o meu filho. Eles também não dizem o que ele tem, apenas ficam passando remédios que deixam ele ainda mais alterado. Eu já não aguento mais”, desabafou Gerson chorando.
Penalizados com a situação de pai e filho, que moram juntos em uma pequena residência no Conjunto Santos Dumont, vizinhos relataram que Gerson já havia tentado o suicídio por não aguentar mais a situação.
“Nós é que preparamos a alimentação para ele, que não tem tempo para fazer mais nada. É uma luta que só Deus sabe, um sofrimento sem igual, que infelizmente não está sendo visto pelos gestores da saúde”, desabafou Lucimar Lima, uma das vizinhas.
Os vizinhos pedem que, caso alguém possa ajudar o adolescente, seja conseguindo um médico para avaliar seu real quadro de saúde ou a internação em um hospital especializado, entre em contato por meio do telefone: (82) 8875-3806 (Severina Maria).
Saúde
A reportagem entrou em com a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que relatou que a responsabilidade do atendimento na capital é da Secretária Municipal de Saúde (SMS).
A reportagem não conseguiu contato com a SMS para saber quais procedimentos devem ser adotados pelo aposentado para conseguir atendimento especializado para o menor.
Crédito: Railton Teixeira/Alagoas24Horas
Crédito: Railton Teixeira/Alagoas24Horas
