Milhares de pessoas tomam ruas de Moscou em ato anti-Putin

AFPPessoas protestam em Moscou contra as eleições parlamentares do dia 4 de dezembro

Pessoas protestam em Moscou contra as eleições parlamentares do dia 4 de dezembro

Manifestantes russos se reúnem em Moscou e em outras cidades do país para um novo protesto contra as eleições do último dia 4, que teriam sido fraudadas em benefício do partido Rússia Unida, do premier Vladimir Putin. Na capital, nem o frio e a neve impediram a manifestação, e as ruas foram tomadas por multidões. Mais de 40 mil pessoas confirmaram a presença no evento, que também contará com a presença do ex-presidente Mikhail Gorbachev, mas organização esperam mais de 100 mil.

A polícia disse que 5 mil pessoas já estavam reunidas no início das manifestações. Mais tarde, uma fonte policial disse à agência Itar-Tass que o número de manifestante tinha saltado para casa dos 20 mil. Os organizadores esperam que o evento desta manhã supere o número de pessoas dos protestos de duas semanas atrás, que reuniram dezenas de milhares de pessoas em todo país, na maior demostração desde o colapso da União Soviética, em 1991. Entre os insatisfeitos, há diversos grupos, desde liberais a anarquistas, passando por nacionalistas e defensores do meio ambiente.

– Nós queremos de volta aqueles que lutam por nossos direito – disse Darya Andryukhina, que também participou das últimas manifestações.

Até agora, os manifestantes têm a permissão do Kremlin de organizar um protesto com no máximo

50 mil pessoas.

Protestos recentes em Moscou e outras cidades russas arranharam a autoridade de Putin, que está em campanha para se reeleger presidente, no que poderá ser seu terceiro mandato à frente do Kremlin. Numa tentativa de acalmar os ânimos da população, o governo prometeu reformas políticas, o presidente Dmitry Medvedev chegou a cogitar recuperar as eleições diretas para governador, suspensas em 2004 por Putin.

O premier, por sua vez, acusou os EUA de fomentar os protesto com o objetivo de enfraquecer a Rússia. Em resposta, manifestante apareceu neste sábado com placas dizendo "Hillary, ainda estou esperando o meu dinheiro", numa referência à secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.

Fonte: O Globo

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