Campanha para redução de queimadas chega às feiras livres de Alagoas

A Campanha para redução de queimadas chega às feiras livre de Alagoas. Depois de uma série de atividades nas usinas de açúcar, comunidades e campanha de TV a campanha para redução de queimadas e suas conseqüências negativas, está desembarcando nas principais feiras do Estado, com a distribuição de folhetos educativos e a presença de grupos de teatro. A partir do dia 30 serão realizadas ações nas feiras de: Penedo, Atalaia, Capela e Limoeiro de Anadia. No dia 31 será a vez das férias de Coruripe, Messias, Pilar e Campo Alegre serem visitadas. No sábado, dia 07 de janeiro, o trabalho de conscientização será realizado em Igreja Nova e nas feiras do Tabuleiro dos Martins e Benedito Bentes. No domingo, dia 08, será vez das feiras de Junqueiro, Fleixeiras,Viçosa e Satuba.

A campanha foi um dos objetivos da criação, no início do ano de 2011, de um grupo de trabalho (GT), formado pela Chesf, Eletrobrás/Ceal, IBAMA, Ima, Sindaçúcar e Braskem, e que conta com o apoio técnico operacional do consultor, especialista em desenvolvimento sustentável, engenheiro. Júlio Lêdo.

O projeto implementado em Alagoas segue o mesmo conceito do projeto já implantado em Pernambuco, no ano de 2010, em parceria com a Celpe, IBAMA, e órgãos estaduais. No estado vizinho, ao final da safra, houve uma redução de mais de 90% (considerando o ano de 2009,) do número de interrupções do fornecimento de energia elétrica, decorrentes de incêndios nas áreas canavieiras.

As queimadas tanto podem causar danos ambientais, como também interromper o fornecimento de energia de vilarejos, bairros e até cidades.
Em Alagoas foram realizadas ações em doze Usinas: Utinga Leão, Santa Clotilde, Uruba, Cachoeira, Guaxuma, Coruripe, Paísa, Marituba, Seresta, Sinimbu, Porto Rico e Capricho. Os municípios circunvizinhos as usinas também recebem ações de sensibilização.

Para Marco Aurélio, gerente industrial da Braskem, a campanha “é fundamental a redução do número de ocorrências de desligamentos de energia, em virtude das queimadas. Estes desligamentos interrompem o processo de produção, gerando prejuízos para empresas e para o Estado”. Para o consultor Julio Lêdo “as queimadas provocam também perdas sociais quando ocasionam interrupção de energia nas escolas e postos de saúde”.

Desenvolvimento de ações
As ações foram realizadas em Alagoas começaram em abril de 2011, quando o Grupo de Trabalho visitou as doze usinas de cana-de-açúcar com o objetivo de conhecer as ações desenvolvidas em cada empresa, nas áreas técnicas, ambientais e sociais ao mesmo tempo em que mapeava as principais causas dos incêndios em cada uma delas incluindo os meses e horários de maiores ocorrências.

A análise do diagnóstico norteou o plano de ação baseado também na experiência vivenciada em Pernambuco. Entre as ações que foram implementadas, destacam-se os seminários com os fornecedores que abastecem a grande maioria das Usinas.

O diagnostico foi apresentado pelo Grupo de Trabalho, em reunião, com a participação de todos os parceiros envolvidos no processo e com representantes das usinas.

Entre os meses de agosto e outubro de 2011, foram realizadas doze oficinas de sensibilização, elaboradas e aplicadas pelo consultor Júlio Lêdo e pela técnica e assistente social)Marly Serejo, da Chesf.

O objetivo dessas oficinas foi de capacitar e instrumentalizar multiplicadores (professores, agentes de saúde e lideranças comunitárias e das usinas) para que eles possam sensibilizar a população local e os demais funcionários das usinas, sobre os danos decorrentes dos incêndios à sociedade e ao meio ambiente.

Depois de realizadas as oficinas, o cronograma de ação previa a realização de visitas técnicas às doze usinas participantes do projeto, que foram executadas no período de setembro e novembro de 2011, lideradas por técnicos da Chesf, Eletrobrás/Ceal e Ima.

A finalidade dessas visitas observar o cumprimento da legislação sobre queimadas por parte das usinas (que proíbe a queima de cana-de-açúcar em baixo das linhas de transmissão de energia elétrica), além de reforçar o constante monitoramento das condições operacionais das torres e linhas de transmissão da Chesf e da Eletrobrás/Ceal.

Além deste processo de conscientização junto à indústria e população era importante também atingir outro público envolvido no problema que eram os fornecedores de cana. Para tal foi realizado em outubro de 2011, na sede da Asplana, em Maceió, um seminário com os fornecedores, com o objetivo de apresentar o projeto em execução e solicitar o apoio da categoria no combate aos incêndios.

Campanha de mídia
Para aumentar o poder de conhecimento de toda a população para o problema das queimadas, uma campanha de mídia, que inclui filme para TV e spot de rádio, vem sendo veiculada, desde 2009, nos Estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba. A campanha é estrelada pelos cantadores de embolada Caju e Castanha, que usando a linguagem popular da embolada alerta a população para os perigos das queimadas.

Em Alagoas, o mesmo spot está sendo utilizado nas rádios, é veiculado em 25 feiras livres, através de carros de som e da presença de dois artistas de teatro, (dois por carro de som). Essa ferramenta busca sensibilizar a população, usando a linguagem lúdica dos spots da rádio e em informativos em forma de cordel distribuídos nas feiras, escritos especialmente para esta ação, por Marly Se rege.

Monitoramento dos multiplicadores
Entre fevereiro e março de 2012, estão previstos encontros presenciais com os multiplicadores que participaram das oficinas de sensibilização. Esse encontro possibilitará uma avaliação sobre a efetividade da multiplicação pelas comunidades e usinas, além de colher subsídios para continuação do projeto em 2012,.

Fonte: Braskem

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