Cesta básica aumenta mais que o mínimo

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve uma variação de 0,30% no mês de dezembro. A pesquisa realizada pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan), por meio da Superintendência de Produção e de Gestão da Informação (Supegi), acompanha a variação de preços de bens e serviços consumidos pela população de Maceió que recebe entre um e oito salários mínimos.

A Cesta Básica custou, em Dezembro, R$ 202,19 apresentando uma variação de 3,13% em relação ao mês anterior e comprometeu 48,72% do salário mínimo. Pressionaram o seu valor os preços do tomate (33,65%) e o pão francês (1,71%). Os outros itens apresentaram queda no preço ou nenhuma variação em relação ao mês anterior. Os principais são: Carne (-0,80%), Leite (-3,55%), Feijão (-0,96%), Arroz (-0,46).

Mesmo apresentando variação negativa no mês de Dezembro, os principais itens da Cesta Básica tiveram uma alta considerável no preço ao longo de 2008. Os itens: Carne (7,44%), o Feijão (8,07%), o Arroz (20,03%), o Pão Francês (15,43%) e Tomate (70,49%) foram os principais responsáveis pela variação neste.

Em Janeiro de 2008, a Cesta custava R$ 167,71 e em Dezembro do mesmo ano, R$ 202,19, variando 20,56% ao longo do ano. O Salário Mínimo até Fevereiro era de R$ 380,00 e a partir de Março foi reajustado e passou a ser R$ 415,00, variando apenas 9,21%. “Mesmo com o reajuste do Salário Mínimo em Março, o trabalhador não obteve nenhum ganho real, já que em Fevereiro enquanto o salário era de R$ 380,00 a Cesta Básica consumia 46,21% do mesmo, enquanto em Dezembro com o reajuste para R$ 415,00, a cesta consume 48,72% da renda”, explica o gerente do IPC, Gilvan Sinésio.

Em 2008, o custo de vida do maceioense aumentou em 8,45%, impulsionado principalmente pela Alimentação (8,43%), Habitação (12,75%), Vestuário (10,83%) e Educação (6,80%).

OUTROS ITENS – Os grupos que impulsionaram a alta do IPC no mês de dezembro foram Alimentação (0,39%), Habitação (0,49%), Fumo e Bebidas (0,49%) e Educação (0,21%).

Dentre os subgrupos da Alimentação apresentaram maior aumento de preço os seguintes subgrupos: Verduras (6,67%), Legumes (13,87%), Frutas (0,53%), Panificados (1,32%), Tubérculos e Outros (0,60%) e, ainda, Alimentação Fora do Domicílio (2,45%). Os produtos que mais variaram foram o Tomate (33,65%), Repolho (16,94%), Couve Flor (8,40%), Milho (5,49%) e Cebola (4,71%).

Para Gilvan Sinésio, gerente do IPC, a elevação desses grupos se deve, principalmente, aos problemas meteorológicos e ao indício de que a safra de 2009 será menor que em 2008. “Essa alta reflete os problemas que várias regiões vêm passando, algumas sofrem com a seca e outras com a cheia, como é o caso de Santa Catarina. Além disso, já existem alguns fatos que levam a crer que em 2009 iremos passar por uma quebra da safra”, explica.

O grupo Habitação apresentou uma variação positiva em decorrência do aumento do Aluguel Residencial (1,49%) e Artigos de Limpeza (0,63%), enquanto, o grupo Fumo e Bebidas foi impulsionado pela alta dos Refrigerantes (3,66%). Já a Educação apresentou alta em decorrência da variação dos Livros e Revistas Didáticas (3,37%). Para Sinésio, a variação positiva dos preços dos itens relativos à Educação reflete no reajuste da matrícula e mensalidade escolar, mas principalmente, no aumento do preço do material.

Fonte: Ascom Seplan

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