UTI do Hospital Hélvio Auto é reaberta

Flávia Duarte/Alagoas24horasFlávia Duarte/Alagoas24horas

Após uma vistoria realizada por gestores da Secretaria de Saúde, Uncisal e Defensoria Pública de Alagoas foi reaberta na manhã desta sexta-feira, dia 9, a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital-escola Hélvio Auto. O setor estava fechado há seis meses e foi reaberto devido a uma ação impetrada pela Defensoria Pública de Alagoas.

Durante a inspeção, o defensor público Daniel Alcoforado disse que “os prejuízos causados pela demora em se reabrir a UTI são inestimáveis para a população, e que a reabertura só se deu após determinação judicial, a pedido da Defensoria Pública.

A afirmação do defensor foi compartilhada pelo colega Ricardo Melro, autor da ação contra o Estado, que em entrevista à reportagem do Alagoas24horas disse que a UTI só foi reaberta graças à atuação da Defensoria. “Os gestores iam transformar a UTI do Hélvio Auto em um depósito”, declarou categórico.

O secretário interino de Saúde, Herbert Motta, disse que a Sesau precisava da ordem judicial porque sem ela a secretaria não teria instrumentos legais para contratar os profissionais em caráter emergencial. Segundo o gestor da secretaria, foram contratados oito médicos – com contratos de um ano de duração, renovável por mais um – que se juntarão aos três pertencentes ao quadro da unidade e que atenderão aos 18 leitos da UTI.

Motta disse que o custo mensal da UTI no Hélvio Auto está em torno de R$ 70 mil e que os profissionais contratados receberão, em média, R$ 3 mil mensais. A reabertura da UTI, que estava prevista para ocorrer na próxima segunda, dia 12, foi antecipada visando atender o prazo estabelecido pela Justiça.

Durante a reabertura da UTI, o secretário Herbert Motta anunciou a ampliação do prazo para reabertura da antiga Unidade de Emergência, anexa ao Hospital do Estado. A reforma, que deveria terminar em 90 dias, foi adiada para 120 dias.

Segundo Motta, até o fim da reforma deverá ser concluído o projeto para realização de concurso público, visando ao preenchimento de 300 vagas na área da saúde. De acordo com o secretário, isso não foi feito antes para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O gestor anunciou, ainda, investimento na ordem de R$ 6 milhões para abertura de 60 novos leitos de UTI e UCI neonatal em todo o Estado, ampliação das bases do Samu para 11 municípios do Estado, além de solicitação de ampliação do Programa de Saúde da Família (PSF), em Maceió, por parte da Secretaria Municipal de Saúde, dos atuais 26% para 100% de cobertura, o que segundo Motta resolveria o problema de superlotação do HGE.

"Quando os investimentos estiverem concluídos, a ordem será que nenhum hospital de Alagoas deverá negar atendimento a gestantes em trabalho de parto", disse Motta.

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