Diplomacia enviesada

Quando Ricardo Berzoini, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) comparou a ação de Israel na Faixa de Gaza ao nazismo, estava exercendo seu inalienável direito de dizer idiotices.

Já Marco Aurélio Garcia, o destemperado assessor especial da Presidência da República, quando declarou, referindo-se ao conflito na Faixa de Gaza, que “Israel faz terrorismo de Estado”, ainda que estivesse exprimindo uma opinião pessoal, falou em nome do governo brasileiro. Simplesmente porque um auxiliar presidencial da sua importância não deve, nem pode, dissociar suas palavras ditas em público da imagem do Estado.

Foi essa verdade que o chanceler brasileiro Celso Amorim omitiu à sua colega Tzipi Livni, em Israel, quando ela o questionou a respeito da infeliz declaração do chefe da agremiação petista: “esta não é a opinião oficial do governo brasileiro”. Mas, pensando bem, foi uma sorte a chanceler israelense não ter feito a pergunta certa porque, do contrário, Amorim não teria podido dar aquela desculpa.

Ideologicamente enviesada, a diplomacia do governo Lula é uma sucessão de erros e fracassos cuja descrição não caberia no espaço deste artigo.

Quando o Brasil, frente ao calote de US$ 230 milhões no Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) anunciado pelo presidente Rafael Correa – que, afinal, não se consumaria-, finalmente, deu uma resposta dura ao Equador, parecia que os responsáveis por nossa política externa haviam, como se diz, caído na real. Fatos posteriores, todavia, viriam a dar razão aos céticos.

Bastou a crise econômica arrefecer o consumo de gás natural no Brasil para a Bolívia, de quem o País importava 30 milhões de metros cúbicos diários, voltar à carga contra os interesses brasileiros.

O Ministério das Minas e Energia havia anunciado a redução das compras brasileiras de gás boliviano para 19 milhões de m³, com uma redução de gastos de US$ 600 milhões até abril deste ano. Ato contínuo, uma missão boliviana veio pedir, e levou, um corte mais modesto, de apenas 6 milhões de m³, o que reduziu de US$ 600 milhões para US$ 330 milhões a economia do Brasil.

Os artífices desta ação, que custou US$ 270 milhões à sociedade, foram o secretário Marco Aurélio Garcia e o secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães.

O próximo capítulo da empreitada contra os interesses brasileiros já está designado e deverá envolver a usina de Itaipu, pertencente ao Brasil e ao Paraguai, que almeja uma revisão do Tratado de Itaipu, a fim de “rever” o montante da sua dívida e, de quebra, aumentar os preços da energia elétrica estabelecidos em contrato.

O Movimento dos Sem-Terra (MST), cooptado pelo governo paraguaio, irá defender bravamente a soberania alheia contra os “latifundiários” brasileiros que lá se estabeleceram.

Com diplomatas como Guimarães, Amorim e o embaixador informal Garcia, e um movimento carbonário e antipatriótico como o MST, o Brasil prescinde de adversários externos.

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