‘A eleição da Mesa é um jogo de cartas marcadas’, diz Jeferson Moraes

Vanessa Alencar/Alagoas24horas/ArquivoDeputado Jeferson Morais diz que candidatura será um protesto

Deputado Jeferson Morais diz que candidatura será um protesto

O deputado estadual suplente Jeferson Morais (Democratas) se reúne, ainda no dia de hoje, com os demais membros do grupo dos suplentes para estudar uma possível candidatura à presidência da Assembleia Legislativa, dentro do próprio grupo. De acordo com Morais, seu nome passa a ser o mais cotado. No entanto, o parlamentar coloca que esta não será a única proposta a ser discutida.

Jeferson Morais coloca que qualquer candidatura que se oponha ao deputado estadual Fernando Toledo (PSDB), será apenas um “protesto”, já que mesmo que os suplentes se unam ao deputado estadual Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), Judson Cabral (PT) e Rui Palmeira (PR) chegariam apenas a 10 votos. “Não há como estabelecer uma correlação, pois é muito complicado derrotar aquele grupo. Seria preciso atrair alguém para o nosso lado, o que é muito difícil de acontecer”, salientou Jeferson Morais.

Para o deputado do Democratas, “a eleição da Mesa Diretora é um jogo de cartas marcadas. A candidatura do nosso grupo soaria como mais um protesto”. Os deputados estaduais suplentes vão avaliar três possibilidades no dia de hoje: lançar o nome de Jeferson Moraes para a presidência da Casa de Tavares Bastos; se aliar aos deputados oposicionistas e apoiar a candidatura de Rui Palmeira; ou então não participar da eleição da futura Mesa Diretora.

A Mesa Diretora deveria ter sido eleita na terça-feira, dia 10, mas o processo foi suspenso por uma medida judicial do desembargador Pedro Augusto, que determinava que a eleição só poderia ocorrer quando fosse resolvida – pela Justiça – a situação dos suplentes. Os mandatos deles havia sido considerado sem efeito por Fernando Toledo (PSDB), em uma ação administrativa da Mesa Diretora. Aos poucos, foram retornando ao parlamento por meio de mandados de segurança.

Com isto, a probabilidade é que as eleições ocorram no dia 17 de fevereiro, quando o parlamento retorna do recesso. Para traçar uma estratégia para o retorno, Jeferson Morais diz que ainda espera um contato com o deputado estadual Judson Cabral (PT), durante o dia de hoje. “Estamos conversando para vê qual é o melhor caminho a ser tomado”, frisou.

O deputado Paulão – que integra o trio oposicionista – coloca que, antes de fazer qualquer eleição, a medida mais acertada seria a segunda destituição do deputado estadual afastado por suspeita de corrupção Antônio Albuquerque (sem partido), da presidência da Casa de Tavares Bastos. “É preciso destituí-lo, para não eleger ninguém na precariedade. O Fernando Toledo, por se mostrar vacilante, não pode conduzir o Poder Legislativo”, criticou Paulão.

O petista acredita que Fernando Toledo é um nome que não conseguirá fazer com que o parlamento seja conduzido para um ambiente de harmonia. Rui Palmeira – o candidato da oposição – já havia denunciado a influência dos “deputados afastados” sobre a atual Mesa Diretora, presidida por Fernando Toledo. Em uma de suas recentes entrevistas, Palmeira chegou a afirmar que a “Assembleia não se dá ao respeito”.

Paulão também acredita que se o grupo oposicionista – incluindo os suplentes – rachar em duas candidaturas passará a favorecer Fernando Toledo, perdendo forças.

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