Delegado do 4º Distrito Policial, Robervaldo Davino
O delegado Robervaldo Davino, titular do 4º Distrito de Polícia, conclui esta semana o inquérito que apura o assassinato do agente penitenciário Clodoval Batista do Nascimento, de 35 anos. O crime aconteceu no dia 24 de dezembrode 2008, numa borracharia que fica na Rua Passos de Miranda, em Bebedouro.
No relatório, o delegado vai pedir a prisão preventiva do taxista Agamenon Bonfim, 52, na condição de autor material. Batista – nome de guerra no Grupo de Ações Penitenciárias (GAP) – teve um sério desentendimento com o taxista cerca de 15 dias antes do atentado fatal na borracharia. O caso gerou um inquérito policial no 4º DP por tentativa de homicídio.
Numa madrugada, quando chegava à casa, Batista se encontrou com Agamenon e, depois de uma rápida discussão, teria atirado contra o taxista. Dos três disparos que o agente penitenciário fez, dois atingiram a lataria do Fiat Uno do taxista, na parte traseira. Dias antes deste grave episódio, Batista foi informado que o taxista teria – num desentendimento – agredido sua irmã. Inclusive, havia uma queixa-crime prestada na Delegacia Especial de Defesa da Mulher, que foi retirada pela irmã do agente penitenciário para "evitar desdobramentos mais sérios".
O caso foi denunciado ao delegado Davino, que instaurou inquérito. Batista se apresentou ao delegado, confessou ter feito os disparos e que estava pronto a responder "pela falha que cometeu". Aos familiares e amigos, Batista se dizia arrependido e que estava vendendo a sua casa para evitar encontrar o taxista. Com medo de morrer, ele redobrou a atenção, mas, no dia em que foi assassinado, se descuidou da vigilância.
"Não tenho dúvidas de que o taxista foi quem atirou no agente penitenciário, causando-lhe a morte. Por isso, como ele não se apresentou, vou representar pela prisão preventiva e aguardar a decisão da Justiça", disse o delegado Davino.
