O parlamento alagoano deve estender os dias de Carnaval e só retornar as atividades no mês de março, mais especificamente no dia 3 do próximo mês. Teoricamente, o recesso parlamentar se encerrou no dia 17 de fevereiro, data em que os movimentos populares invadiram a Casa de Tavares Bastos para lutar contra os atos de corrupção supostamente praticados por deputados estaduais denunciados pela Polícia Federal.
Os manifestantes invadiram o parlamento para protestar contra o retorno dos deputados afastados pela Justiça envolvidos no suposto desvio de mais de R$ 280 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas. Desde então, não há sessão no parlamento alagoano. Uma semana depois, veio o período de carnaval e só restou aos deputados estaduais “prolongarem o recesso”.
Os parlamentares alegam que a demora para o retorno das atividades parlamentares se deveu a limpeza do prédio sede, depois que ele foi ocupado por diversas entidades e pela sociedade civil organizada. Por conta do recesso “forçado”, os servidores da Assembleia Legislativa só receberão o salário de fevereiro no mês de março. Segundo o primeiro-secretário, Jota Cavalcante (PDT), ainda na primeira semana.
O retorno das atividades parlamentares trará de volta diversas polêmicas. Entre elas, a eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas. A oposição ao bloco comandado por Fernando Toledo (PSDB), que preside precariamente a Casa de Tavares Bastos, tenta lançar o deputado estadual Rui Palmeira (PR) como candidato a presidente. Para isto, o grupo tenta angariar o apoio dos “deputados suplentes”.
No dia 2, deve ser protocolado, por entidades da sociedade civil organizada, um novo pedido de cassação dos deputados estaduais afastados.
