O deputado estadual afastado Cícero Ferro (PMN) teve o pedido de habeas corpus negado pela presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Elizabeth Carvalho. A decisão da desembargadora foi publicada no Diário Oficial de hoje.
Cícero Ferro foi preso sob a acusação de envolvimento em homicídio qualificado e formação de quadrilha. Ele é acusado de ser autor intelectual da morte do vereador por Delmiro Gouveia, Fernando Aldo, ocorrido em outubro de 2007. O prefeito de Delmiro Gouveia, Lula Cabeleira, também figura como autor intelectual do mesmo crime.
O habeas corpus foi impetrado pelo advogado de defesa de Ferro, Welton Roberto, que já recorreu ao Supremo Tribunal Federal. De acordo com a desembargadora, Ferro não possui imunidade por estar afastados das funções parlamentares.
O deputado estadual se encontra afastado da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas por ser acusado de envolvimento com uma quadrilha que teria desviado mais de R$ 300 milhões do erário.
O esquema de corrupção foi revelado pela Polícia Federal, em dezembro de 2007. Durante as investigações da PF, dezesseis parlamentares foram indiciados, incluindo Cícero Ferro. Esta é a quinta vez que o parlamentar é preso.
Ferro responde ainda pela autoria intelectual da morte de Jacó Ferro. O advogado de defesa Welton Roberto alega que seu cliente é inocente e afirma que a prisão é “ilegal”, pelo fato dele ser deputado estadual. O advogado chegou a afirma que Ferro passou a ser perseguido por conta das recentes declarações que fez, criticando a Justiça do Estado de Alagoas.
Cícero Ferro aguarda agora o pedido de habeas corpus que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília. O deputado estadual afastado se encontra detido na carceragem da Polícia Federal. Ferro foi detido em sua residência, no Condomínio Aldebaran, na manhã da sexta-feira, dia 20.
