O Ministério Público Eleitoral (MPE) de Porto de Pedras pediu a anulação das eleições suplementares realizadas no último dia 15, na cidade de Porto de Pedras, zona norte de Alagoas. Segundo a ação de investigação judicial eleitoral, duas testemunhas alegam ter recebido propostas para compra de votos, mas ambas teriam recusado.
Em depoimento, uma das testemunhas diz ter recebido a proposta para adquirir um aparelho DVD e “mudar de lado”, para votar no candidato Amaro Guimarães da Rocha Junior, conhecido como Boi Lambão, que foi apoiado pelo ex-prefeito Rogério Farias. Outra testemunha, diz ter recebido proposta de R$ 100,00.
Na ação, o MPE ainda descreve ainda a apreensão, no dia da eleição, de uma ambulância com R$ 1 mil em espécie, em notas de R$ 10, R$ 20 e R$ 50. Um dos passageiros da ambulância é o funcionário público Paulino dos Santos, conhecido como Faceta.
De acordo com a denúncia do MPE, ele (Faceta) seria um dos aliciadores da suposta compra de votos, a serviço do Boi Lambão. Além da anulação da eleição, o MPE pede a cassação do registro da candidatura e o pagamento de multa por Lambão e Faceta, que pode variar mil a 5 mil UFIRs. O caso foi encaminhado ao juiz Gustavo Sousa Lima, da Comarca de Porto de Pedras.
Às 11h desta sexta-feira, dia 27, Lambão toma posse na Prefeitura de Porto de Pedras. Mesmo investigado, o futuro prefeito pode tomar posse, mas de acordo informações apuradas pelo Alagoas24horas, isto não impede a anulação da eleição.
As eleições suplementares em Porto de Pedras ocorreram no último dia 15 de março. De acordo com informações do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL), Amaro Guimarães da Rocha Junior, o Boi Lambão, recebeu 2.487 votos, contra 2.437 de Ednaldo Almeida Costa.
