As duas mentes

Quantas vezes já explodimos por algum motivo e, algum tempo depois, veio o arrependimento? Por que somos tão racionais num determinado momento e tão irracionais em outros? Isto é comum na vida. Pode ocorrer em casa, no trânsito, trabalho ou em qualquer outro lugar.

O nosso cérebro possui duas mentes: uma que dispara primeiro, age mais rápido, nos impulsiona quase automaticamente, e outra, que demora algum tempo para começar a atuar. A primeira é chamada mente emocional e a segunda mente racional.

Para que possamos errar menos, temos que conhecer o poder de nossa mente emocional e o que poderemos fazer para dominar impulsos destruidores. Sempre que agirmos tomados inteiramente pela emoção, tendemos a cometer atos impensados.

Por isso é que precisamos conhecer o nosso temperamento, ter auto-consciência do poder das emoções e dos possíveis estados de espírito. Às vezes, poderemos estar com raiva, outras, tristes, depressivos, felizes, com medo, vergonha, nojo, surpreso, com prazer, repugnância etc. São centenas de emoções e sentimentos. O problema é a resposta que cada pessoa dá quanto tomada por um estado de espírito. Alguns respondem de uma forma e outros de maneira diferente, mais equilibrada.

Uma das fortes emoções é o medo. Ele pode ser um aliado nosso ou um problema, a depender do caso. Passa a ser um aliado quando nos informa que existe a possibilidade de que pode ser melhor não fazer algo. Por exemplo, imaginem que estamos dirigindo nosso veículo e caia uma neve, que impeça a visibilidade. O medo pode nos informar que devemos parar o veículo no acostamento e esperar para continuar a viagem. Porém, o medo passa a ser um problema, quando ficamos paralisados e sem opção de ação.

Num assalto o medo toma conta. Há uma alteração no fluxo sanguíneo e nos batimentos cardíacos. Minutos depois poderemos voltar ao estado normal ou permanecer tomados pela emoção. Quando o sentimento persiste vira um estado de espírito.

Um temperamento comum em algumas pessoas é a timidez. No mundo moderno isto prejudica o profissional. Ao invés de alguém dizer que é tímido, melhor será dizer que está tímido e pensar numa forma de se preparar melhor para o que poderá fazer e ainda não consegue fazer.

O que precisa estar claro é o domínio, primeiro dos sentimentos, depois dos pensamentos. E o que a mente racional pode fazer para controlar o curso de nossa reação? Quando treinada, pode ponderar, esperar um tempo, refletir. Caso contrário, teremos que arcar com as consequências.

Isso é fácil? Não, pelo contrário. Mas é necessário, para que possamos ter mais sucesso na vida. Ou nós dominamos as emoções ou seremos dominados por elas. Pessoas de alto nível de QI – quociente de inteligência – podem ser pilotos incompetentes de suas vidas particulares. Em geral, apenas 20% do sucesso depende do QI. O restante – 80%, depende de outros fatores, como classe social, sorte e IE – inteligência emocional.

Precisamos entrar para o elenco das pessoas emocionalmente inteligentes, que conhecem e lidam bem com os próprios sentimentos, entendem e levam em consideração o sentimento dos outros.

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