Clássico das confusões: CSA 0 x 0 CRB

Flávia Motta/Alagoas24Horas

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Um espetáculo lamentável. Assim pode ser descrito o primeiro confronto do ano entre os dois maiores clubes da capital alagoana na noite desta quinta-feira, dia 2, no Estádio Rei Pelé, em partida válida pela quinta rodada do 2º Turno do campeonato Alagoano 2009.

Em campo, o CRB dominou as ações ofensivas no primeiro tempo, com direito a vários gols desperdiçados. Os times voltaram do intervalo com objetivos claros. Enquanto os regatianos receberam a orientação para serem mais efetivos e transformar as oportunidades em gols, o técnico Julio Espinosa, do CSA, exigiu uma mudança de postura dos seus comandados, que segundo a sua avaliação não corresponderam às suas expectativas. Fora isso, mais nada de futebol.

A confusão teve início com a expulsão do atacante azulino Junior Amorim, após entrada dura e desnecessária ainda no campo de ataque do CSA. O avante já havia recebido o cartão amarelo no tempo inicial, e foi expulso aos 2min da etapa complementar. Amorim ainda tentou agredir o árbitro Charles Herbert. Ironicamente, a torcida regatiana aplaudiu o atacante azulino, que já defendeu as cores da Pajuçara.

Aos 13min, mais uma expulsão. Desta vez, Carlos Diogo tenta parar o meia regatiano Da Silva na entrada da área com falta dura. O árbitro Charles Herbert aplica o segundo cartão amarelo a Diogo, que é expulso. A partir daí, jogadores azulinos ‘avançaram’ sobre o árbitro Charles Herbert. Para conter os ânimos, mais excesso, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) invadiram o campo e usaram spray de pimenta contra jogadores do CSA. Os atletas Anderson, Fábio Lopes, Jeferson, Fábio Lima, Magno e Juninho Caiçara foram os mais atingidos pelo spray e precisaram receber atendimento médico.

Ao invés de futebol, confusão generalizada. Militares e jogadores chegaram a trocar agressões. O árbitro Charles Herbert, por sua vez, interrompeu a partida pelos 30 minutos exigidos pela regra e após ser informado pelo médico do CSA que os atletas não poderiam prosseguir em campo confirmou o encerramento do jogo.

Segundo o artigo 45 do Regulamento Geral das Competições da Confederação Brasileira de Futebol, caso uma partida seja encerrada por motivo de força maior antes dos 30 min do 2º tempo, o jogo deverá ser realizado no dia seguinte, desde que o problema tenha cessado. Ainda segundo a regra, a partida deverá recomeçar de onde parou. A decisão oficial, no entanto, deverá ser proferida pelo Tribunal de Justiça Desportiva. O representante da Federação Alagoana de Futebol orientou os jogadores a guardarem os seus ingressos, para possíveis trocas.