Botulismo: investigações são intensificadas

A equipe de técnicas do setor de vigilância em saúde do Ministério da Saúde (MS), que está em Alagoas para acompanhar e oferecer suporte técnico às investigações do caso dos pacientes com suspeita de botulismo, esteve junto com técnicos das vigilâncias epidemiológica e sanitária da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), na manhã desta sexta-feira (24), em Coruripe. No município, eles se reuniram com o secretário de saúde, Djalma Siqueira Breda, e técnicos da vigilância municipal para traçar os próximos passos da investigação.

O grupo visitou o Hospital Carvalho Beltrão, conveniado com SUS, onde os irmãos contaminados, supostamente, após consumirem sardinha e mortadela, foram inicialmente atendidos, no último dia 16. Os técnicos tiveram acesso aos prontuários e conversaram com a médica Eveline Los Alvim de Melo, profissional que atendeu os pacientes e os encaminhou ao Hospital Geral do Estado (HGE). Eles também visitaram a residência da família para obter informações sobre a procedência dos produtos ingeridos e a respeito do momento e da forma em que tudo começou.

Nos próximos 15 dias, período em que irão permanecer no Estado, as técnicas do MS vão às unidades de saúde do município junto com os técnicos estaduais e municipais para realizar uma busca ativa retrospectiva. “Vamos fazer um levantamento, buscando identificar algum paciente que tenha apresentado sintomas compatíveis aos apresentados pelos irmãos”, explicou a técnica da vigilância epidemiológica da Sesau, Jan Lúcia dos Santos.

Segundo a técnica do MS, Renata Yakota, quando o Estado convocou o Ministério, as investigações já estavam avançadas e corretamente encaminhadas. “Desde o momento em que foram contatadas, as equipes de vigilâncias epidemiológica e sanitária do Estado nos orientaram, dando todo o suporte técnico, além de participar ativamente de todo o processo de investigação”, disse a responsável pela vigilância em saúde do município de Coruripe, Andressa Vasconcelos.

De acordo com a gerente do setor de alimentos da vigilância sanitária estadual, Márcia Alves de Santana, desde quarta-feira estão sendo realizadas buscas de produtos similares e do mesmo lote daqueles consumidos pelas vítimas em todos estabelecimentos comerciais do Estado. “Enviamos ofício aos responsáveis pelas vigilâncias sanitárias dos 102 municípios e as equipes já estão trabalhando. Caso seja encontrado algum produto com as características daqueles, será instaurada uma interdição cautelar”, expôs a gerente, explicando que nesses casos a equipe lacra o produto e interdita, deixando-o no local, sob responsabilidade do proprietário, mas sem que este possa ser comercializado ou repassado para outrem.

Anvisa – Pela tarde, os técnicos se reuniram na sede do Laboratório Central (Lacen) com a gerente da área de Risco em Alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Diana Oliveira, com o objetivo de relatar os procedimentos adotados em Alagoas. “As equipes que vêm trabalhando no caso, tanto estadual quanto municipal foram atuantes na adoção de medidas relacionadas aos produtos envolvidos, uma vez que foi procedida a coleta de amostras para análises e interdição cautelar dos alimentos investigados no comércio de Alagoas, e a Anvisa está aqui para apoiar o trabalho desenvolvido no Estado”, afirmou a técnica da Anvisa.

Fonte: Assessoria

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