Legistas paralisam atividades nesta segunda

Os servidores dos IMLs de Maceió e Arapiraca iniciarão movimento de paralisação parcial de suas atividades a partir desta segunda-feira, 27. Após anos de reivindicações para melhoria das condições de trabalho dentro dos Institutos, os servidores resolveram chamar a atenção das autoridades governamentais para o descaso com que vem sendo tratada a atividade pericial em Alagoas.

Em algumas reuniões com o secretário da Defesa Social, Paulo Rubim, os legistas expuseram as dificuldades estruturais dos institutos e a falta de uma política salarial definida para a categoria. Na última sexta feira (24/04), Rubim assumiu compromisso de barganhar junto ao governo em favor da causa.

Em 2005, a perícia de Alagoas saiu da esfera da Polícia Civil, passando a integrar o então criado Centro de Perícias Forenses (CPFor). A criação deste órgão ligado à Secretaria de Defesa Social conferiu-lhe autonomia administrativa, no entanto, sem autonomia financeira, o que deixou o CPFor engessado. “Precisávamos sair da Polícia Civil, pois muitas vezes nossos laudos ajudavam em investigações contra membros da própria instituição”, enfatiza o médico legista Gerson Odilon.

Na última sexta feira (24/04), houve também uma reunião com representante da Secretaria de Gestão, que se comprometeu a realizar estudos sobre a proposta dos legistas. “No final do governo passado, mesmo fora da Polícia Civil, acompanhamos todos os reajustes salariais concedidos àquela categoria”, alega Luiz Carlos, médico legista do IML de Maceió. “O que estamos pleiteando com nosso movimento, além da melhoria das condições de trabalho, é a extensão do reajuste salarial concedido à Polícia Civil no início do atual governo. Não estamos pedindo nenhum absurdo!”, conclui o legista.

Durante a paralisação parcial, os servidores continuarão trabalhando, cumprindo suas escalas de plantão. Serão realizadas necropsias com liberação dos corpos e os exames em caso de crime sexual. Estarão suspensos os demais exames de corpo de delito, inclusive de presos, e a liberação de laudos em geral.

“Queremos chamar a atenção do governo para o papel social da perícia alagoana. Sabemos do momento de crise mundial que afeta também Alagoas. Porém não suportamos mais sermos tratados como escória da Segurança Pública”, afirma João Alfredo, perito odontolegal. “Marcaremos nova Assembléia da categoria, tão logo o governo nos acene com alguma proposta”, conclui Alfredo.

Fonte: Assessoria

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