Cleide Moreira
“Não há motivos para alarde”. A afirmação é do diretor de vigilância em Saúde, Herbert Charles Barros, durante a reunião com representantes do Hospital Escola Dr. Helvio Auto e Secretaria de Estado da Saúde, realizada na tarde desta quinta-feira, 30, para apresentação do plano de combate à gripe suína.
O indicativo mundial da epidemia deixou o Ministério da Saúde em alerta, embora não haja registros oficiais da doença no país. Em Alagoas, o Hospital Hélvio Auto foi escolhido como referência para o atendimento de pacientes com suspeita da gripe suína.
“O Hospital foi escolhido por tratar essencialmente de doenças infectocontagiosas. Como a doença está se expandindo pelo mundo e o Brasil faz fronteira com diversos países está vulnerável. Por esta razão as unidades de saúde de Alagoas estão se preparando, recebendo treinamento para lidar de forma adequada com a doença”, disse Cleide Moreira, diretora estadual da Vigilância Epidemiológica.
Herbert Barros explicou que a população não precisa se preocupar com o consumo de carne suína, nem tampouco com a criação, já que em algumas partes do país, criadores realizaram matança dos animais por medo da proliferação da gripe. “A população precisa saber que a gripe suína é diferente da gripe aviária e que não basta ter os sintomas para ser considerado suspeito”, disse.
Ainda segundo Barros, todas as unidades de saúde de Alagoas receberam treinamento sobre a gripe suína.
Casos
É considerado suspeito o paciente que apresentar febre alta acima de 38º, tosse acompanhada de dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória e ter apresentado sintomas até 10 dias após sair da área afetada pela gripe suína como México, Estados Unidos (Estados da Califórnia e Texas) ou qualquer outro país com casos confirmados.
Os pacientes que apresentarem características da gripe deverão ficar isolados enquanto se confirma o diagnóstico. O paciente deve comparecer ao Hospital com o encaminhamento do médico que o atendeu num primeiro momento.
Segundo a equipe do Hélvio Auto, o hospital já está abastecido com equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde. A medicação recomendada para os pacientes será fornecida pelo Ministério da Saúde caso alguma suspeita venha a se confirmar em Alagoas.
Crédito: Danielle Silva/Alagoas24Horas
Crédito: Danielle Silva/Alagoas24Horas
