O ex-PM Garibalde Amorim será ouvido em Brasília (DF) pelo ministro Gilson Dipp, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em uma audiência cuja data ainda será definida. Nesta quarta-feira, acompanhado pelo juiz Marcelo Tadeu, Garibalde foi recebido por integrantes da Corregedoria do CNJ.
Na audiência com Dipp, – que deveria ter ocorrido hoje, mas foi impossibilitada devido ao horário do voo do ministro – Garibalde promete ‘dar nome aos bois’ e contar tudo o que sabe sobre os crimes que lhe foram atribuídos, entre eles o assassinato do tributarista Sílvio Vianna, em 1996.
Entre as denúncias que serão relatadas, o ex-PM revela que figuram personagens como empresários, promotores, delegados, políticos e juízes alagoanos, alguns cujos nomes já foram revelados. “As pessoas envolvidas não vão dormir à noite, porque elas sabem o que fizeram comigo”.
“Eu vou falar de coisas que vi, que sei e não do que ouvi falar. É muito bom colocar laranja na cadeia só para dar satisfação a sociedade, mas quem perdeu tudo fui eu: família, emprego e amigos”, diz Garibalde. Acusado de ser ex-integrante da Gangue Fardada, ele alega inocência e pede a revisão processual, voltando a denunciar que houve tortura durante o inquérito.
Após cumprir cerca de dez anos de pena, Garibalde Amorim foi libertado em novembro de 2005, com um alvará de soltura por delação premiada, concedido pelo juiz Marcelo Tadeu, então da Vara de Execuções Penais.
