Peritos repudiam Projeto de Lei do Governo

Os peritos criminais oficiais de Alagoas foram surpreendidos com um Projeto de Lei (PL) do governador Teotonio Vilela publicado no Diário Oficial (D.O) na manhã desta segunda-feira (22) e enviado ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Toledo. Por ele, os salários de papiloscopistas são equiparados aos dos peritos, sem a exigência do nível superior. A categoria repudiou atitude do governo e já se reúne desde as 14h30, na sala de reuniões do Instituto de Criminalística (IC), prédio do antigo Hotel Beiriz, Centro, Maceió, para discutir o assunto.

“O Estado mostra mais uma vez que não conhece o serviço de perícia criminal, tampouco a complexidade do trabalho de um perito. Esse projeto do governador vai de encontro, inclusive, às recomendações do próprio Conselho de Segurança e a toda a prática de um país inteiro com ralação aos cargos”- disse Nicolas Passos, presidente do Sindicato dos Peritos Criminais.

De acordo com o governador Teotonio Vilela descreve no Projeto de Lei “esta iniciativa busca adequar a legislação estadual à tendência nacional”, mas Nicolas Passos e todos os peritos alagoanos dizem que em nível de Brasil, isso não procede.

“A alegação do governador é uma mentira. Não há essa tendência nacional. Na verdade, a prática nacional é outra. Em nenhum estado do Brasil, nem no Distrito Federal, há essa equiparação e sim a de peritos com delegados. Isso ocorre, inclusive, na Polícia Federal. Lá todos têm nível superior, mas salários distintos. E o governador quer na verdade fazer um rebaixamento à nossa categoria. Se ele chegou a essa conclusão de tendência nacional, foi mal assessorado nas suas pesquisas ” – afirma Nicolas.

O PL de Teotonio Vilela também provocou os peritos porque a categoria ainda estava no aguardo do atendimento às suas reivindicações, garantidas na última conversa junto ao Governo.

Os profissionais querem do Governo a implantação de um Plano de Cargos e Salário, melhorias nas condições de trabalho com a construção de laboratórios e aquisição de equipamentos para fazer os levantamentos periciais em locais de crime, porte de arma e o pagamento de adicional noturno, já que hoje é a única categoria do serviço público estadual que não recebe o benefício, embora desenvolva suas atividades em quaisquer horários.

No dia 13 de abril passado, numa reunião entre o chefe do Gabinete Civil, Álvaro Machado, o secretário de Gestão Pública, Guilherme Lima, o da Defesa Social, Paulo Rubim a categoria teve como resposta a garantia de um estudo e ficou agendado um novo encontro para o dia 11 de maio, o que não ocorreu.

“Hoje, ao invés de nos apresentar algo gratificante e que atenda às nossas necessidades, o governo apresenta esse Projeto de Lei”, conclui Passos.

Fonte: Assessoria

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