Assessoria de Sarney nega irregularidade

Agência Senado/ArquivoO presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AM)

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AM)

Fato raro na política de Brasília, a semana começou com uma movimentada segunda-feira no Senado. A causa imediata é uma sequência de acusações de irregularidades que colocaram sob pressão o presidente do Senado, José Sarney.

Movimento grande demais no Senado para uma segunda-feira antevéspera de São João. ”Eu quero dizer que o Senado da República vive um grande momento. Nunca na história do Brasil o Senado funcionou na segunda-feira", declarou o senador Mão Santa (PMDB–PI)

Muitos senadores trocaram as quadrilhas de São João pela fogueira do plenário. ”Estou aqui apontando dois ladrões comprovados: o senhor Zoghbi e o senhor Agaciel Maia", acusou o senador Arthur Virgílio, líder do PSDB.

João Carlos Zoghbi é o ex-diretor de recursos humanos do Senado e Agaciel Maia, o ex-diretor geral a quem o senador Arthur Virgílio acusou de fazer chantagens contra ele e outros senadores. Arthur Virgílio disse que foi alvo de tentativa de chantagem por causa do alto custo de um tratamento de saúde da mãe dele, que teve uma parte da despesa paga pelo Senado e disse mais. “Duvido que o senhor Agaciel Maia tenha praticado esses crimes todos sozinho, duvido. Tenho a convicção de que tem senador por trás dele", disse.

Agaciel Maia negou que tenha chantageado senadores e se disse vítima de uma guerra política. Já o ex-diretor João Carlos Zoghbi não quis falar. Por meio do advogado, disse que o senador Arthur Virgílio não trouxe novos fatos e nem fez acusações diretas.

Num momento em que o presidente do Senado estava fora do plenário, o senador Cristóvam Buarque (PDT–DF) propôs que ele se licenciasse do cargo. “Que ele peça uma licença de dois meses, 60 dias que seja, que passe a presidência ao vice-presidente, que eu espero que terá uma velocidade maior sintonizada com a velocidade da indignação da opinião pública”, sugeriu.

Sarney negou a notícia publicada sábado no jornal "O Estado de S. Paulo" de que a filha dele, a governadora Roseana Sarney, mantinha na casa dela, em Brasília, o mordomo Amaury de Jesus Machado, com salário de R$ 12 mil pago pelo Senado. ”A senadora Roseana não tem mordomo em casa.o senhor Amaury é chofer do Senado ha 25 anos", disse.

Na noite desta segunda-feira, o presidente do Senado teve que dar mais explicações. Dessa vez sobre a denúncia de que o funcionário Raimundo Nonato Quintiliano Pereira Filho trabalha na fundação José Sarney, em São Luís, e recebe salário do Senado. Ele é lotado no gabinete do senador Lobão Filho. A assessoria de José Sarney disse que Raimundo Nonato trabalha sim na fundação, mas como voluntário e não há nenhuma irregularidade nisso.

Fonte: G1

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