Caso Gil Bolinha: PC recomenda prisão de promotora de Justiça

Alagoas24horasPromotora Marluce Falcão foi alvo de denúncia da Polícia Civil

Promotora Marluce Falcão foi alvo de denúncia da Polícia Civil

Mais uma autoridade deve ser denunciada devido às investigações que apuram a liberação do acusado de tráfico Moisés Santos Costa Junior, o Gil Bolinha, solto após pagamento de suborno – segundo denúncia do Ministério Público – ao delegado Eulálio Rodrigues e ao escrivão José Carlos Minin. A suposta negociata ainda envolveria o advogado de Gil Bolinha, o pastor Saulo Oliveira.

Marluce Falcão, que integrou o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual, é mulher do advogado de Gil Bolinha e é acusada de tentar coagir o colega de cela do traficante, Antonio Wendell Guarnieri, que veio do estado do Maranhão, após ser beneficiado pelo Programa de Proteção à Testemunha. Guarnieri depôs no último sábado a três delegados da Polícia Civil e aos atuais integrantes do Gecoc. A Polícia Civil afirma ter a gravação de uma conversa entre Guarnieri e Gil Bolinha que comprovaria o suborno.

Como não pode decretar a prisão da promotora, a Polícia Civil teria recomendado ao procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, que ofereça denúncia contra Falcão e determine sua prisão. A reportagem do Alagoas24horas tentou entrar em contato com a promotora, mas ela não foi encontrada. A recomendação de prisão de Marluce Falcão se dá, ironicamente, alguns dias após a cúpula da Polícia Civil conceder a ela uma condecoração pelos relevantes serviços prestados.

Em contato com a assessoria do Ministério Público, o Alagoas24horas foi informado que o procurador Eduardo Tavares não irá se manifestar sobre o pedido, uma vez que integra a comitiva alagoana que receberá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A assessoria também informou que o MP não recebeu nenhum documento da Polícia Civil e que a informação foi repassada apenas pela imprensa.

O advogado de Gil Bolinha – que estava foragido desde a prisão do seu cliente – só se apresentou à polícia após receber um habeas corpus preventivo do Tribunal de Justiça de Alagoas. Segundo o desembargador Orlando Manso, que concedeu o HC, as prerrogativas de advogado de Saulo Oliveira não teriam sido respeitadas.

Encontram-se presos acusados de envolvimento no caso o delegado Eulálio Rodrigues, o escrivão José Carlos Minin, o acusado de tráfico Moisés Santos Costa Junior, que se encontra no Presídio Baldomero Cavalcanti, e Patrick Luis de Araújo.

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