Caso Gil Bolinha: TJ concede habeas corpus a escrivão e delegado

Priscylla Régia/Alagoas24HorasO advogado Fernando Marciel levou o alvará que possibilitou a soltura do delegado Eulálio Rodrigues

O advogado Fernando Marciel levou o alvará que possibilitou a soltura do delegado Eulálio Rodrigues

O desembargador Orlando Cavalcanti Manso concedeu, na tarde desta sexta-feira, dia 17, alvará de soltura para o escrivão de polícia José Carlos Minin e para o delegado Eulálio Rodrigues, acusado de receber propina para liberar o preso Moisés Santos da Costa Junior, o Gil Bolinha, mediante o pagamento de suborno.

Ambos estavam presos na Casa de Custódia da Polícia Civil desde o dia 24 de junho, quando se apresentaram à cúpula da Polícia Civil. Ambos negam o envolvimento no crime. Durante o período em que esteve preso, o delegado Eulálio Rodrigues não falou com a imprensa e se disse confiante na apuração do caso. Já o escrivão Carlos Minin chegou a acusar a cúpula de perseguição e de forjar provas.

O advogado do delegado Eulálio Rodrigues, Fernando Maciel, foi o primeiro a chegar à Casa de Custódia da Polícia Civil com o alvará de soltura. Maciel conta que ingressou com pedido de habeas corpus há cerca de três semanas no Tribunal de Justiça.

Rodrigues saiu do prédio acompanhado do presidente da Adepol, delegado Antônio Carlos Lessa. "Confio em Deus que tudo será esclarecido", declarou à imprensa, relevando também que passou dias difíceis.

O escrivão de polícia, José Carlos Minin, foi liberado momentos depois. Na saída do prédio falou à imprensa e voltou a acusar o delegado-geral de Polícia Civil, Marcílio Barenco, de tramar as prisões.

"Isso foi uma grande farça montada contra mim e Eulálio. Eles forçaram o Gil Bolinha a falar o que não tinha acontecido. Foi uma maquinagem perfeita tramada pelo delegado-geral", acusou Minin. Ele conta ainda que na noite do flagrante Gil Bolinha teria apresentado identidade falsa e ninguém o havia reconhecido como traficante, por esta razão não havia porque mantê-lo preso.

Gil Bolinha

O advogado do suposto traficante Gil Bolinha, pastor Saulo Oliveira – que também foi denunciado pelo Ministério Público Estadual -, denunciou à imprensa que tanto ele quanto os familiares do acusado desconheceriam o paradeiro de Gil Bolinha.

Segundo o pastor Saulo, o juiz Cláudio José Soares Lopes teria concedido habeas-corpus no último dia 15, mas o preso não foi liberado. A assessoria de comunicação da Intendência Geral do Sistema Penitenciário (Igesp) informou que Gil Bolinha se encontra sob a custódia do Estado no Presídio Baldomero Cavalcanti e que nenhum documento de soltura foi recebido pela direção da unidade prisional.

Atualizada às 15h35.

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