Governo aposta em gestão de pequeno negócio

Com a finalidade de melhorar a assistência técnica prestada aos beneficiados do Programa Banco da Terra, o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) promove na segunda-feira (20), o curso de “Gestão do Pequeno Negócio Agrícola”, a ser realizado no auditório do próprio órgão, para capacitar os 14 agentes que atuam nas gerências regionais do Iteral. O curso será ministrado pelo tecnólogo especialista em desenvolvimento sustentável, Jorge Isidro dos Santos, e vai até sexta (24), com uma carga de 30h.

Esse é o primeiro, de um total de sete cursos, que será realizado graças ao convênio firmado entre Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Iteral. O investimento é na ordem de R$ 29.820. A intenção é que o grupo capacitado atue como monitor e multiplicador do conhecimento adquirido entre as 720 famílias assentadas do Banco da Terra, a fim de que elas possam desenvolver a capacidade de gerenciar melhor seus negócios. Para acompanhar a concretização desse convênio, virá a Maceió o consultor do MDA, Gustavo Marthins.

Os temas dos outros cursos serão: técnicas de cultivo de fruticultura, técnicas de cultivo de horticultura, ovinocaprinocultura, avicultura, apicultura e, por fim, construções de barragens subterrâneas. Este último, programado para ser realizado na primeira semana de agosto.
Agricultura familiar — Conforme indica o IBGE, 30,5% da área rural do país é ocupada pela agricultura familiar, que respondem por 38% do valor bruto da produção nacional. Porém, constata-se que o tipo de assistência que é prestada ainda é insuficiente. Por essa razão, o Iteral espera abrir novos horizontes com a promoção do curso “Gestão do Pequeno Negócio Agrícola”, bem como dos outros seis que serão realizados ao longo desse ano.

De acordo com Jorge Isidro, a diversificação da produção e o pensamento cooperativista são alternativas para o desenvolvimento do pequeno agricultor rural. São essas informações que serão transmitidas para os técnicos agrícolas, que participarão do curso durante toda a semana.

“É preciso agregar valor à produção dos agricultores familiares e criar um canal de ligação entre essa produção e o mercado. Nesse contexto, a modalidade mais recomendada é a agricultura agroecológica”, diz Jorge Isidro.

Na opinião do especialista, o maior entrave da agricultura familiar em Alagoas, que corresponde a 91,6% dos estabelecimentos agropecuários do Estado, segundo o censo agropecuário do IBGE, é a falta de assistência técnica adequada e qualificada.

Segundo o diretor presidente do Iteral, Geraldo de Majella, esses cursos são importantes e fundamentais para o desenvolvimento dos assentados. “Hoje, é indispensável que o pequeno agricultor domine as ferramentas de comércio para não amargar prejuízos. Isso também evita a dependência de atravessadores, os quais subtraem para si a maior parte do lucro da produção”, afirma o diretor.

O Programa Banco da Terra, vinculado ao MDA, foi criado pela lei complementar nº 93, de 4 de fevereiro de 1998, e tem como objetivo gerar emprego e renda, diminuir o êxodo rural e propiciar o acesso de trabalhadores rurais de baixa renda à terra.
Em Alagoas, o programa está sob a jurisdição do Iteral, efetivando sua primeira aquisição de terras em 23 de outubro de 2000, na cidade de Santana do Ipanema. Atua na maioria dos municípios alagoanos e beneficia várias famílias de trabalhadores rurais.

Durante os três anos em que esse programa se manteve no Estado, diversas ações foram desenvolvidas pelo Iteral no meio rural, tais como: propostas de criação dos conselhos municipais de desenvolvimento rural sustentável, palestras de esclarecimentos das diretrizes do programa, auxílio técnico para formação das associações, acompanhamento e fiscalização dos empreendimentos, além de orientações técnicas para obtenção de empréstimos das linhas creditícias do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf).

Fonte: Assessoria

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