Tiro que matou garoto partiu de PM

Testemunhas afirmaram, na manhã desta segunda (20), que o disparo que matou William Moreira da Silva, enquanto ele soltava pipa, partiu de policias.

O menino, de 11 anos, foi baleado em Barros Filho, no subúrbio do Rio. Segundo a família, ele brincava dentro de uma fábrica, na subida do Morro do Chaves, quando foi atingido na cabeça por uma bala de fuzil, na tarde de domingo (19).

Uma testemunha, que não quis se identificar, revelou em entrevista ao RJTV:
Estava soltando pipa e brincando com os amigos quando de repente veio e deram tiro neles. Tem pessoas que viram a viatura descendo do lado contrário dessa firma, que quando eles atiraram, viram e desceram”.

O comandante do 9º BPM (Rocha Miranda) esteve no local do crime. Ele ouviu moradores e PMs que patrulhavam a área. A polícia quer saber de onde partiu tiro que matou a criança.

Nesta segunda, manifestantes fizeram novo protesto na comunidade, com cartazes e fotos do menino, e pediram justiça. A PM esteve no local para impedir que moradores fechassem a via. A morte de William chocou os moradores.

“A comunidade inteira está chocada, porque era uma ótima criança e ele só tinha 11 anos. Um garoto muito bom, estudioso”, disse a dona de casa Elisa da Silva.

Testemunhas

Testemunhas afirmam que o disparo foi feito por policiais que estavam em um trailer em frente à comunidade. A polícia também investiga se seguranças da fábrica trocaram tiros com traficantes do local.

O tenente-coronel Camilo Coelho afirmou que vai encaminhar as investigações para a delegacia.

“E agora a gente vai apresentar tudo para o delegado, da 39ª DP (Pavuna) para que ele apure os fatos para que chegue à conclusão do que realmente aconteceu, de que forma essa criança foi baleada. Os policias afirmam categoricamente que não fizeram qualquer disparo”, disse.

Segundo a polícia, as testemunhas serão chamadas para prestar depoimento. O corpo de William da Silva permanece no Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande. De acordo com a família, o enterro será nesta terça-feira (21), no cemitério de Irajá, no subúrbio do Rio.

Fonte: G1

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