Professores decretam greve por tempo determinado

Flávia Duarte/Alagoas24horasFlávia Duarte/Alagoas24horas

Mesmo com o início de negociação junto ao Governo do Estado, os servidores da rede estadual de ensino decidiram decretar greve por tempo determinado a partir da próxima segunda-feira, dia 27. A greve deverá durar por 15 dias e visa pressionar o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) a atender as reivindicações da categoria. Esta foi a decisão da assembleia dos professores na manhã desta quarta-feira, 22, no Clube Fênix Alagoano. Além de reajuste salarial, a categoria pleiteia melhores condições de trabalho.

Em reunião com o secretário estadual de Educação, Rogério Teófilo, os professores conseguiram a formulação de uma minuta que regulariza o direito garantido no Plano de Cargos e Carreira (PCC) dos servidores quanto ao benefício de difícil acesso da escola. “Os servidores que trabalham em escolas de difícil acesso têm direito ao auxílio para o deslocamento até a escola. Este direito é previsto no PCC, mas como a forma como este valor é pago não é especificado no plano, o governo acaba não repassando. Esta minuta visa garantir efetivamente este direito”, explicou a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Célia Capistrano.

Outra minuta também está sendo formulada, desta vez pelo Gabinete Civil, para regularizar a mudança de classe da categoria. “Essas minutas serão encaminhadas para a Assembleia Legislativa para aprovação dos deputados. A ALE está em recesso, por este motivo teremos que esperar até o início de agosto para que o projeto seja colocado em votação, mas esperamos que o governo cumpra com o compromisso e mantenha o que até o momento foi acordado”, completou a sindicalista.

A categoria reivindica reajuste salarial de 15%, condições reais de trabalho; convocação de concursados, garantia de direitos conquistados, como difícil acesso, agilidade na implantação da mudança de nível, pagamento do resíduo da isonomia, ampliação de vagas para o curso Profuncionário no segundo semestre; recuperação do Cepa, implementação das escolas de tempo integral; política de segurança; e agilidade na elaboração e encaminhamento das minutos referentes à garantia da classe. Na última semana, os profissionais de educação realizaram uma paralisação de 24 horas.

“Ainda não descartamos a greve, mas o entendimento do Sinteal é de que deve haver sim paralisações pontuais com mobilização e não por tempo indeterminado. Nossa intenção não é prejudicar a população e sim sensibilizar o governo para a nossa causa”, destacou Capistrano.

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