Marcha dos sem-terra termina na Praça Sinimbú

Vanessa Alencar/Alagoas24Horas

Sebastião Ronaldo um dos coordenadores do movimento

Cerca de mil trabalhadores rurais do Movimento pela Libertação dos Sem Terra (MLST) estão acampados na Praça Sinimbú, no Centro. Os trabalhadores chegaram a capital alagoana nesta quarta-feira, 22, após participar da marcha pela reforma agrária que teve início no dia 20.

A caminhada tem o objetivo de pedir agilidade nos processos ligados a reforma agrária. "Existem trabalhadores que vivem há 10 anos embaixo de uma lona e continuam sem previsão de conseguir uma terra. Cobramos agilidade", afirmou um dos coordenadores do movimento, Sebastião Ronaldo.

A marcha acabou causando transtornos no trânsito das avenidas Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima. Sebastião contou que motoristas chegaram a xingar os manifestantes. "Nossa marcha foi pacífica, sem violência e pretendemos sair daqui do mesmo jeito: sem violência e com esperança", salientou.

Com as chuvas das últimas horas, a situação no local do acampamento é precária devido a lama que invade as barracas de lona. "Acreditamos que não será preciso sair da Praça Sinimbu, mas caso precise iremos pedir apoio dos órgãos competentes para ficarmos em outro lugar", disse.

Sebastião Ronaldo frisou ainda que os sem-terra não invadiram a sede do Incra e não estão ocupando as dependências internas do prédio. "Não invadimos, os funcionários saíram por vontade própria. não queremos impedir o trabalho deles, pelo contrário, queremos que trabalhem", contou.

Na sexta-feira, 24, às 10h, os coordenadores do MLST estarão reunidos com representantes do Incra para discutir a problemática. "Se a reunião for favorável, iremos embora no mesmo dia. Caso contrário, ficaremos por tempo indeterminado", finalizou.