A maior incidência é na cidade de Arapiraca
As estatísticas hospitalares mostram que a doença da Folha Verde do Tabaco é uma das maiores causas de internações na região fumageira de Alagoas, principalmente na Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca. Diante desta realidade, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está trabalhando no sentido de combater o problema.
Estudo realizado pelo Ministério da Saúde, em Alagoas, aponta que a enfermidade provoca cefaléias, náuseas, vômitos, fadigas musculares, tonturas e alterações repentinas de pressão arterial nos trabalhadores que realizam a colheita das folhas verdes de fumo.
Realidade que se deve ao fato da pele absorver, de forma excessiva, a nicotina liberada pelas folhas verdes, levando a substância tóxica à corrente sanguínea e desencadeando uma série de problemas que podem, inclusive, levar à morte.
O Programa de Controle do Tabagismo da Sesau está percorrendo os municípios que integram a região fumageira para conscientizar os produtores a utilizarem Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) ou abandonarem a cultura do tabaco.
“A pesquisa realizada em Alagoas foi discutida em Brasília, no final do mês passado, e se constatou que a doença da Folha Verde do Tabaco era tratada, anteriormente, como algo simples. Mas, graças ao estudo realizado pelo Ministério da Saúde, as suas causas e sintomas foram especificados e, agora, estamos atuando para evitar este problema”, explicou a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Sandra Canuto.
A superintendente disse, ainda, que a Sesau está sensibilizando os gestores municipais da região fumageira, conscientizando os fumicultores e treinando os profissionais de saúde com o objetivo de realizar o diagnóstico correto da doença e para o encaminhamento e tratamento adequados do paciente.
De acordo com a pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, a sintomatologia da doença da Folha Verde do Tabaco é mais evidente durante o período mais quente, quando a absorção dérmica aumenta, em decorrência do suor. Técnicos da Sesau estão aconselhando os fumicultores a diversificar a produção, passando a optar por outras culturas, a exemplo das hortaliças e a fruticultura.
