Moradores do Loteamento Jardim Formosa, no Tabuleiro dos Martins, denunciaram que 160 mudas de pau d’arco foram cortadas e arrancadas da principal praça do conjunto. O plantio tinha sido feito pela Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) há cerca de 15 dias – atendendo a uma solicitação da própria comunidade -, e uma semana depois os moradores constataram a destruição de todas as mudas.
Eles fizeram um Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia de Plantão II (Deplan II) e querem a apuração do caso. Nesta quarta-feira (26), o secretário Ricardo da Ramalho e a procuradora da Sempma, Elisabete Guedes, entregaram um ofício ao delegado do 5° Distrito Policial (5º DP) para reforçar o pedido de investigação.
De acordo com o presidente da Associação de Moradores, Pedro Canuto, o fato surpreendeu a comunidade, que queria a revitalização do local. “Ninguém imaginava que isso iria acontecer, pois as mudas só iriam beneficiar a praça, trazendo beleza e ar mais puro”, comenta. Apesar de a suspeita do crime ambiental recair sobre pessoas da própria comunidade, Canuto não soube citar quem poderia ter cometido tal ato.
Ricardo Ramalho, secretário da Sempma, garantiu à comunidade que o caso não deve ficar impune e que as mudas vão ser replantadas. “Foi entregue em mãos um ofício ao delegado Arnaldo Soares Carvalho (5° DP), para reforçar a solicitação de investigação e para que algumas pessoas sejam ouvidas. Vamos fazer uma campanha de conscientização dentro da comunidade, pois temos que ter a visão de que as coisas más têm que ser combatidas, por isso também vamos replantar as mudas”, garante.
“Isso está parecendo coisa de alguém contrário à liderança comunitária, por isso vamos ouvir os presidentes das associações. Não acredito que veio um vândalo de outro lugar para fazer isso, é gente da comunidade. Infelizmente, quem fez isso não tem uma visão macro, e sim egoísta, já que essa ação trouxe um grande prejuízo para os moradores”, disse o delegado.
O secretário destacou, ainda, que situação semelhante está ocorrendo no canteiro central do Murilópolis – que foi revitalizado – e na orla, onde 30 mudas de coqueiros foram cortadas de maneira criminosa. “Vamos replantar, denunciar e cobrar ação da polícia nesses crimes ambientais, que são crimes como outro qualquer”, conclui Ramalho.
