Deputados e prefeitos decidem recorrer a Lula para reverter cortes no Fundeb

Vanessa Alencar/Alagoas24horasLuciano Barbosa, presidente da AMA

Luciano Barbosa, presidente da AMA

A criação de uma grande comitiva, com representantes dos nove estados brasileiros que dependem dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), para participar de uma audiência com o presidente Lula foi a solução encontrada por deputados federais, prefeitos, vereadores e secretários de Educação de vários municípios alagoanos para tentar reverter os cortes nos recursos.

A sugestão, oficializada pelo deputado federal Benedito de Lira, surgiu durante a reunião promovida pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) nesta segunda-feira, 14, no Hotel Ritz Lagoa da Anta, com a presença também dos deputados federais Givaldo Carimbão e Joaquim Beltrão, e do deputado estadual Judson Cabral.

Benedito de Lira propôs que os nove estados brasileiros – e suas respectivas bancadas – se reúnam com a Confederação Nacional dos Municípios e, em seguida, agendem uma audiência com o presidente Lula. “Se continuar como está haverá falência dos municípios, que já estão quebrados, e os maiores prejudicados serão os estudantes”, afirmou.

O deputado explicou que a reunião com a Confederação deve acontecer no próximo dia 23 de setembro, quando também deverá ser marcada a audiência com o presidente da República.

Rosa Melo, presidente da União dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime/AL), disse que todos os municípios estão convocados para ir à Brasília tentar reverter o corte e assegurar o valor que estava previsto inicialmente no Fundeb. “Não queremos paralisar os serviços, porque todos somos vítimas de um cálculo falho do Governo Federal”, afirmou.

Queda

“Os prefeitos negociaram os salários dos professores levando em conta um valor de R$ 1.350,09 por aluno firmado pelo Governo Federal. Mas, em agosto, esse valor baixou para R$ 1.221,34, ou seja, 9,53% a menos. Estamos conseguindo manter a perspectiva do ano letivo, mas como vamos confiar nos números que serão divulgados em março do ano que vem? Precisamos ter segurança para investir na educação”, frisou o presidente da AMA e prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa.

Barbosa acredita que, com o apoio da bancada federal e de outros estados atingidos, os cortes poderão ser revistos.

FPM

Com relação à queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), outra queixa dos prefeitos, Barbosa disse que a promessa do Governo Federal é que os recursos cheguem até o final do mês, com a aprovação de uma Medida Provisória que irá autorizar o repasse de R$ 1 bilhão para compensar as perdas, que chegam a 43 milhões só em Alagoas, de janeiro a agosto, em comparação a 2008.

Valendo-se da máxima, ‘é rir para não chorar’, no final do encontro o prefeito Marcos Madeira, de Maragogi, afirmou: “Não sei se vou poder pagar os salários dos professores, nem o 13º. Em Maragogi estamos escolhendo o que vamos pagar. Nós, prefeitos, vamos acabar sendo conhecidos como ‘veiacos’”.

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