A excessiva escala de serviço dos policiais militares foi o assunto discutido em uma reunião realizada entre o subcomandante da PM de Alagoas, coronel Luciano Silva e as entidades de classe.
Na ocasião, os representantes da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL) e Associação dos Cabos e Soldados (ACS) tiveram a oportunidade de expor a problemática das escalas nos batalhões e apresentaram uma proposta para melhorar as condições de trabalho dos militares, com uma escala de 12X36 e 12X48.
"Os militares concorrentes dessa escala, preferencialmente, não deve cumprir serviço em finais de semana seguidos, ou seja, é desejável que o militar que trabalha em um sábado ou em um domingo de uma determinada semana, não o cumpra novamente no final de semana seguinte, para termos a oportunidade de desfrutar do convívio familiar, coisa que estamos sendo privados”, frisou o presidente da ASSMAL, sargento Teobaldo de Almeida.
O coronel Luciano Silva afirmou que o subcomando está fazendo o possível para resolver as dificuldades da corporação. Durante o encontro Silva apresentou também os projetos Policiamento Voluntário e Guarda Patrimonial, que deverá proporcionar melhorias a partir de 2010. “Isso irá evitar que os militares façam “bicos” preservando a integridade física dos profissionais de segurança pública e dando-lhes melhores condições de vida”, acrescentou o subcomandante.
Os batalhões mais críticos são Bope, 1º BPM, 4º BPM, 5º BPM, BPtran,BPRP, BPE e BPGd. Com o objetivo de solucionar o problema, as entidades de classe irão apresentar um projeto com um novo modelo de escala e novas ações. A finalidade é aumentar o efetivo no combate a violência.
"Vamos analisar juntamente com o comandante do CPC (Ten Cel Mario). O Cel Luciano abriu o canal de diálogo com as entidades de classe. Com isso, temos a convicção que chegaremos ao que for melhor para sociedade e para as praças”, disse o Sargento Geraldo Francelino, diretor da ASSMAL.
Promoções
O número de efetivo interno nos batalhões da capital e as promoções dos praças também foram abordados durante a reunião.
O subcomandante deixou claro que o Governador Teotônio Vilela "barrou" as promoções dos oficiais para não ferir a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e as promoções das praças estão sendo analisadas pela procuradoria geral do estado (PGE).
“A lei diz que o ato de promover as praças é do comandante geral e logo que chegar da PGE, ele deve informar ao Governador sobre as promoções. Logo que for autorizado, todos devem ser promovidos”, garantiu Coronel Luciano Silva.
Questionado sobre o número de efetivo interno nos batalhões da capital, o subcomandante se comprometeu em realizar um um estudo para aumentar o número de policiais na rua e diminuir o serviço burocrático da corporação.
Para o sargento Teobaldo, o atual modelo militar retira os policiais da sua atividade fim para proteger prédios e realizar serviços burocráticos. "Deveríamos ter uma Central Administrativa Operacional, unificando os batalhões da capital em um só local e a partir disso distribuir as ações. Temos que implantar um modelo renovado de gestão integrada e não de batalhões de guerra”, disse.
O Subcomandante da PMAL finalizou a reunião afirmando que as portas do seu gabinete estarão sempre abertas para as associações para que possam atuar em parceria com o Subcomando, contribuindo com a melhoria da instituição e das condições de trabalho de seus integrantes.
