‘Fugir dos presídios de Alagoas é fácil’, diz integrante do PCC

Cláudia Galvão/Alagoas24horasGivanildo Rosa: 'foi fácil fugir do presídio'

Givanildo Rosa: ‘foi fácil fugir do presídio’

Recapturado neste domingo, 18, em uma fazenda no interior de Garanhuns (PE), o preso Givanildo Rosa de Souza disse à reportagem do Alagoas24horas que fugir do presídio “foi fácil”. A fuga aconteceu na tarde da última quinta-feira, 15, quando Givanildo – ou Bahia, como é conhecido – saiu do Presídio Baldomero Cavalcanti utilizando uma Tereza (corda de lençóis).

Durante a fuga de Givanildo, mais 15 reeducandos tentaram utilizar a mesma tereza e deixar a unidade prisional, mas foram impedidos pelos agentes penitenciários, que efetuaram disparos, atingindo um dos presos. Na fuga de Bahia foram utilizados pelo menos três veículos, um Polo com placa clonada, um Ford KA com placa de São Paulo e um Fiesta, destes, apenas o KA se encontra na sede da Divisão Especial de Investigações e Captura (Deic).

Questionado quanto teria custado operacionalizar essa fuga, Givanildo se mostrou irritado e disse não ter pago absolutamente nada.

Apesar de negar seu envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa paulista, Givanildo Rosa possui uma extensa ficha criminal, tendo sido preso em São Paulo, Bahia e mais recentemente em Alagoas, onde assaltou um condomínio de luxo. A maioria das autuações se dá por furto qualificado. O assalto teria rendido R$ 400 mil à quadrilha, que voltava a Alagoas de tempos em tempos.

Em entrevista à reportagem, Givanildo disse que entre os seis presos apresentados na manhã de hoje, 19, conhecia apenas Moisés Ferreira da Silva, o Índio, com quem foi detido em Garanhuns. A prisão foi realizada por equipes do Tático Integrado Grupo de Resgates Especiais (Tigre), que integra a Deic.

Em depoimento prévio à Polícia Civil de Alagoas, Givanildo contou que após a fuga teria ficado escondido por dois dias no mato e posteriormente contratado um táxi que o levou até Garanhuns.

O preso forneceu, ainda, detalhes sobre a logística da fuga, quando foram utilizados três veículos, uma submetralhadora, um fuzil Colt 556, além de duas pistolas 9mm. Momentos após deixar o presídio, os veículos se dispersaram, sendo o Pólo abandonado no estacionamento do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares. Entre os carros, apenas o Pólo e o Ka foram localizados, e a submetralhadora. Os demais armamentos ainda estão sendo procurados pelo Tigre.

Quanto ao proprietário da fazenda onde Givanildo foi preso, a Polícia Civil descartou o envolvimento dele com a organização criminosa que agia em Alagoas. Após esta nova prisão, Givanildo deverá ser reconduzido ao sistema prisional de Alagoas, onde aguardarájulgamento.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos