Servidores do Judiciário suspendem atividades

Os servidores do Poder Judiciário de Alagoas participam nesta quarta-feira, 21, da greve nacional organizada pela Federação Nacional dos Servidores do Judiciário nos Estados (Fenajud). A paralisação, por um dia, é um protesto contra a Resolução 88 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que amplia de 6h para 8h a jornada de trabalho da categoria, sem a devida correção salarial.

Reunidos em assembléia em todas as comarcas do Estado, os servidores alagoanos aprovaram a participação no movimento, que reivindica também concurso público e melhores condições de trabalho. “Queremos o Judiciário mais próximo do cidadão, atendendo-o com agilidade, eficiência e eficácia. Mas essa responsabilidade não pode ser imposta somente a nós, servidores” – disse o presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário der Alagoas (Serjal), oficial de Justiça Ednor Gonzaga Júnior.

A exemplo dos demais sindicatos brasileiros, ele defende que o Judiciário realize concurso para contratação de mão-de-obra, de modo que o expediente em dois turnos traga de fato a celeridade na prestação jurisdicional. “Concurso é igual a mais emprego” – argumenta o presidente do Serjal.

Segundo ele, não haverá expediente no Fórum de Maceió e nem nas comarcas do interior, já que os servidores decidiram atender a convocação da Fenajud. Os trabalhadores param para defender 12 horas de atendimento ao público, em dois turnos de 6h ininterruptas, mas sem prejuízo dos direitos já conquistados.

Não se pode duvidar, disse Ednor Júnior, que os trabalhadores defendem a necessidade de o Judiciário estar mais próximo do cidadão, atendendo-o com agilidade, eficiência e eficácia. Neste sentido, o sindicalista faz referência à Carta de São Paulo, documento no qual o Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil manifesta inconformismo com medidas adotadas pelo CNJ.

Reunidos em São Paulo nos dias 8, 9 e 10 últimos, os presidentes de Tribunais, inclusive a desembargadora Elizabeth Carvalho Nascimento, do TJ/AL, defenderam a informatização do Judiciário e a realização de concurso público para juízes. “É o que nós também queremos, pois sabemos da ânsia da população pela celeridade nas decisões da Justiça” – afirmou o presidente do Serjal, repetindo que na manhã desta quarta-feira, 21, os servidores do Poder Judiciário estarão nas ruas defendendo seus direitos e o direito da sociedade alagoana a um serviço judicial eficiente e célere.

Além da FENAJUD e das entidades estaduais, o movimento nacional de luta dos servidores tem o apoio da Federação Nacional dos Trabalhadores da Justiça Federal e Ministério Público da União.

Fonte: Ascom/Bleine Oliveira

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