Trabalhadores da Educação celebram Dia do Servidor com protestos

Priscylla Régia/Alagoas24HorasPriscylla Régia/Alagoas24Horas

Os servidores estaduais e municipais da Educação comemoraram o Dia do Servidor Público com um grande ato público pelas ruas do Centro de Maceió. Desde as 8h desta quarta-feira, 28, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) estiveram reunidos no Clube Fênix Alagoano com a categoria para discutir os novos rumos do movimento.

A caminhada, realizada após a assembleia geral, percorreu as Ruas João Pessoa e do Sol passando pelo Palácio Republica dos Palmares e finalizando o movimento em frente ao Tribunal de Justiça. Devido à manifestação, o trânsito ficou lento em alguns pontos do Centro.

Nesta data, os servidores da rede estadual não têm muito que festejar, já que 49% dos salários foram cortados pelo Governo de Alagoas. O desconto é referente aos dias paralisados durante a greve geral ocorrida em agosto.

Para pedir que os descontos sejam repostos, o Sinteal ingressou no Tribunal de Justiça um agravo de instrumento, que visa à anulação dos descontos salariais no período da greve através de uma folha suplementar.

"No mês do servidor público, os trabalhadores estaduais foram premiados com os descontos nos salários. Isso é um retrocesso, visto que, a Educação é o único órgão que tem a prática de repor dos dias paralisados. Ontem, fomos surpreendidos por uma declaração da desembargadora Elisabeth Carvalho informando que ainda não há data definida para que o agravo de instrumento seja julgado. Então, caso a resposta não seja favorável à categoria, os alunos poderão perder o ano letivo, pois se os salários foram cortados, os professores não irão repor as aulas", afirmou a vice-presidente do Sinteal, Maria Consuelo Correia.

Com os descontos, os professores e servidores da Educação passam por dificuldades financeiras. Muitos deles foram surpreendidos, no dia do recebimento, com as contas ‘zeradas’ devido a empréstimos e planos de saúde descontados em folha.

"Devido aos descontos, muitos já apresentam sintomas de depressão, outros vão trabalhar a pé ou ainda não chegam ao trabalho por falta de dinheiro. Além disso, descobrimos que em várias escolas a categoria está se reunindo para doar cestas básicas aos servidores mais necessitados, que não receberam nada no mês", contou Correia.

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