PMs denunciam falta de estrutura em batalhões

AssessoriaSargento Teobaldo de Almeida

Sargento Teobaldo de Almeida

Além da falta de efetivo, a Polícia Militar vêm sofrendo com a deficiência nas estruturas dos batalhões. Em algumas unidades, os militares não têm armamento, viaturas, coletes e até colchões para o descanso.

Mesmo com toda a problemática, os profissionais se viram como pode para combater à criminalidade no estado. Chegando a tirar do próprio bolso para suprir a carência. As condições mais precárias estão no Batalhão de Policiamento de Eventos (BPE), 3º BPM, 4º BPM, 5º BPM, 10º BPM e 11º BPM e Radiopatrulha.

Em uma dessas unidades, os policiais – que não quiseram divulgar o nome por medo de represálias – contaram que dormem dentro de banheiros, já que, não existem alojamentos dignos. “Antes dormíamos em baixo dos mictórios. Nos movimentamos e conseguimos com nossos esforços fazer um pequeno ajuste no local, para torná-lo mais próximo de um alojamento. Já fizemos vários pedidos, mas nenhum foi atendido”, afirmou um policial.

Em visita aos batalhões, o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), sargento Teobaldo de Almeida constatou as reclamações dos policiais e encontrou ainda armas deixadas no chão, já que, no local não possuem reserva de armamento.

“A segurança pública é deixada em segundo plano. Nos batalhões com maiores dificuldades, os policiais que arrumam uma forma de comprar e estruturar as unidades. Função que deveria ser exercida pelo Estado. Isso gera desmotivação e indignação na tropa. Assim, refletindo na sociedade com o aumento da violência. Deveria se investir mais em tecnologias, serviço de inteligência e polícia comunitária e na realidade estamos vendo o contrário. Hoje, o policiamento é empregado de forma ultrapassada e deve haver mudanças urgentes, com a participação da sociedade nas ações policiais”, ressaltou.

O sargento destacou ainda que as más condições na Polícia Militar chegam ao próprio Centro Integrado de Operações da Defesa Social – Ciods, que não dispõe de tecnologias avançadas para atender a população. O 3° BPM de Arapiraca sofre também com a falta de viaturas, visto que possui apenas três para atender toda demanda.

Além da problemática, 59 sargentos esperam há cinco anos pela promoção. De acordo com informações do sargento Teobaldo, as promoções deveriam acontecer desde 25 de agosto, mas até o momento nada foi sinalizado.
“O comando da PM informou que o Governo alegou que não irá permitir as promoções por esbarrar na Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas não vejo porque, já que, as vagas foram abertas e o orçamento do Estado já prevê as promoções duas vezes ao ano. E essas promoções só irão gerar um impacto financeiro de R$15 mil. Onde podemos observar que em outros órgãos como o Gabinete Civil tem um gasto diário com o mesmo valor” contou.

Conforme o militar, as promoções estavam previstas no orçamento de 2008 e muitos deles, já exercem a função que seriam promovidos. “Os militares exercem sua função no combate a criminalidade, mesmo sem armamento adequado, coletes a prova de balas, poucas viaturas, condições de educação digna aos filhos e moradia. Com todas as dificuldades, combatem a criminalidade, até mesmo com as próprias vidas e na hora de receberem a promoção são surpreendidos com a falta de compromisso do Governo com os servidores. Mesmo sem as promoções, o Estado está gerando despesas, pois quando acontecer irá ser retroativa até 25 de agosto. Isso está previsto na Lei de Promoções da PM”, disse.

Na sexta-feira, 30 de outubro, o Governador Teotonio Vilela Filho iria receber os líderes militares para discutir o assunto. No entanto, a reunião foi adiada se nova data prevista para o encontro.

Fonte: Ascom/ASSMAL

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