Safra de Alagoas é avaliada em seminário

Luis Vilar/Alagoas24horasLuis Vilar/Alagoas24horas

A safra de Alagoas – 2009/2010 – está sendo avaliada em um seminário, que ocorre na manhã de hoje, 10, no Hotel Enseada, em Maceió. De acordo com secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas, o evento pretende enfatizar a importância das parcerias que vem desenvolvendo a agricultura de pequeno e médio porte em Alagoas.

Dantas ressaltou ainda que na Agricultura é possível fazer muito com poucos recursos e cobrou a contrapartida das prefeituras. “Nós vamos atuar junto com os municípios para colher resultados, como vem acontecedendo. Mas só é possível a parceria com o município que se predispor à contrapartida. Quando um não quer dois não brigam, assim como um não quer dois não casam”, destacou Jorge Dantas.

O secretário comemorou o que – segundo ele – são as ações que vêm dando certo, principalmente no cultivo do feijão, milho, algodão, sorgo e mamona. Estas culturas vêm tendo como consequência a geração de ocupação e renda no meio rural. Por esta razão, o seminário também avaliará as tecnologias empreendidas.

A iniciativa do seminário é da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) e reúne técnicos do Governo do Estado, representantes de sindicatos rurais, associações, cooperativas, prefeituras, articuladores regionais, organizações sociais e outros órgãos.

Durante a abertura do evento, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, Fernando Toledo, ressaltou a importância da agricultura familiar para o desenvolvimento do Estado e disse que o parlamento não será entrave para projetos que auxiliem ao desenvolvimento do setor agro-pecuário. “Quando é este o assunto, não existem cores partidárias na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas”.

Avaliação

A avaliação dos resultados obtidos após a distribuição de mais de 955 toneladas de sementes em 2009 e a posterior colheita e comercialização da produção pelos agricultores familiares está sendo feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além dessa avaliação, o evento pretende orientar as entidades sobre o processo de distribuição de sementes em 2010.

“Pretendemos lançar o edital com essas regras já em dezembro”, adianta Inês Pacheco, superintende de fortalecimento da agricultura familiar da Seagri. É a partir da publicação desse edital que as entidades interessadas podem entregar suas propostas para receber sementes.

“De acordo com o governador Teotonio Viela Filho, em 2010 as sementes deverão ser entregues até o dia de São José, 19 de março, época em que o agricultor geralmente inicia o plantio, por isso estamos adiantado todo o processo e vamos atender esse prazo”, ressalta o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas.

A estimativa da Seagri é distribuir 540 toneladas de sementes de feijão, 400 toneladas de sementes de milho, 20 de sementes de algodão, 12 de sementes de sorgo, 5 de sementes de mamona e 130 toneladas de sementes de arroz, totalizando mais de 1.100 toneladas de sementes, quantidade superior à entregue em 2009, que chegou a 955 toneladas.

Bancos de sementes

Durante o seminário também deverá ser montada uma comissão para analisar a Lei Estadual 6.903/2008, que dispõe sobre o estímulo à criação dos bancos comunitários de sementes. “A comissão vai trabalhar uma proposta para a regulamentação da lei”, explica a engenheira agrônoma Mércia Braga, da Seagri.

Atualmente existem 62 bancos comunitários de sementes em 15 municípios de Alagoas, e cada um deles beneficia cerca de 50 agricultores familiares. “Esses bancos servem para guardar e acondicionar as sementes até o próximo período de plantio, e isso garante mais autonomia aos produtores rurais, pois eles ficam menos dependentes das políticas públicas”, explica Júlio César Lima Dias, diretor de projetos especiais da Seagri.

Segundo ele, o Estado pretende estruturar esses bancos e proporcionar a criação de outros. “Quanto mais bancos comunitários de sementes, menos o governo precisa investir para a compra de sementes todos os anos, e esse recurso pode ser direcionado para outras necessidades, como assistência técnica, por exemplo”, aponta o diretor.

Os bancos de sementes funcionam com a colaboração de todos os agricultores envolvidos. Todos os anos, cada um deles retira uma parte das sementes dos produtos que colheu e doa ao banco. No ano seguinte, se precisar, ele retorna ao banco e pega a quantidade de sementes de que precisa para o seu plantio. Os bancos mais antigos foram criados no Estado há cerca de 15 anos.

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