Na última semana um projeto pioneiro entre as empresas palmeirenses foi lançando pelo Hospital Santa Rita e várias outras entidades. O projeto “Amigo Digital” serve de exemplo para várias outras empresas da região. Exemplo porque o hospital já procura cumprir a sua principal missão que é a de preservar vidas e mesmo atravessando uma crise financeira, mesm assim ainda procura cumprir o papel da responsabilidade social, que é ajudar a comunidade, principalmente aquela das áreas mais carentes.
O projeto nasceu no setor de tecnologia da entidade, apoiado pelos diretores Sebastião Lessa e Agamenon Ferreira, que há vários anos já são adeptos dos trabalhos voluntários e motivaram bastante a iniciativa. Um dos principais objetivo é servir de exemplo e motivação para que outras empresas da cidade e região passem a atuar com mais responsabilidade social, contribuindo com a comunidade, e não somente cobrando ações do poder público, mas atuando como parceiro e fomentador de desenvolvimento.
Em seu projeto de modernização gerencial o hospital adquiriu vários computadores e acabou substituindo alguns equipamentos mais antigos. Os micros substituídos tinham pouca serventia para o sistema de gestão da entidade, então ficaram encostados. Veio ai a iniciativa de procurar aproveitar os micros de outra forma: em um levantamento sobre inclusão digital surgiu a idéia de reformar os micros e instalar um sistema mais leve, para que os equipamentos pudessem ser aproveitados em um laboratório de informática.
Mas a idéia cresceu e ganhou parceiros e novos horizontes com o apoio da Tribuna do Sertão, das rádios Farol FM, Palmeira FM, Cacique FM, Fish Comunicação, Infotec e Supply Net, o projeto que era a montagem de um laboratório de informática em uma comunidade passou a ser um projeto audacioso de inclusão digital. O coordenador da área de Tecnologia e Logística do hospital, Aérton Lessa, ressaltou a importância do projeto.
“O objetivo inicial era entregar um laboratório em condições de funcionamento, com a parte elétrica e de cabeamento pronta, com o sistema operacional moderno e visualmente atrativo para as crianças, para isso escolhemos o sistema Linux Kurumin, que roda com pouca memória e com boa velocidade. Com a adesão dos parceiros conseguimos formar uma boa equipe de técnicos à disposição do projeto e passamos agora a atuar como intermediários entre as pessoas que querem doar computadores e as entidades que precisam de um laboratório de informática”, informa.
A primeira entidade escolhida pelo projeto foi a escola mantida pela ONG Oásis, que atende a um público de 320 pessoas entre crianças e adultos nos bairro da Cafurna e Alto do Cruzeiro. No ato da entrega dos computadores, as crianças presentes ainda não acreditavam que iam ter acesso ao mundo da tecnologia. A diretora da escola Carmen Cristina era umas das mais felizes do grupo e elogiou a iniciativa.
“Além de ser uma ação nobre, vem de uma entidade que passa por frágil situação financeira e mesmo assim procura ajudar a comunidade, além disso houve a preocupação não somente em doar os computadores, mas fazer com que eles funcionassem e realmente servissem a comunidade”, frisou a diretora.
